Um mapeamento realizado por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sobre casos de ataques em escolas por alunos e ex-alunos dá conta que um dos primeiros casos ocorridos no país aconteceu em 2002.
Um adolescente de 17 anos de idade disparou uma arma de fogo contra duas colegas em uma escola de Salvador (BA). Logo em seguida, o rapaz entregou-se à polícia.
Neste caso, as duas vítimas tinham, apenas, 15 anos de idade e uma vida pela frente que lhe fora roubada.
No dia 7 de abril de 2011, há 12 anos, o Brasil chocou-se com o chamado Massacre de Realengo, no bairro de mesmo nome, no Rio de Janeiro. Um rapaz de 23 anos de idade invadiu uma escola onde estudava e disparou contra colegas. 12 estudantes foram mortos. O autor cometeu suicídio.
Em outubro de 2017, um adolescente de 14 anos de idade atirou em colegas numa escola de Goiânia. Dois alunos, de apenas 13 anos de idade morreram e outros quatro ficaram feridos. Preso, o jovem autor da barbárie confessou ter se “inspirado” nos massacres de Realengo e de Columbine nos Estados Unidos, ocorrido em 1999, quando 12 alunos e 1 professor foram vítimas.
Recentemente, em Blumenau (SC), um homem de 23 anos de idade tirou a vida de quatro crianças em uma creche. E, agora, no dia 11 de abril, em Santa Tereza de Goiás, um estudante feriu três colegas com golpe de faca. Felizmente, neste último caso, os ferimentos foram leves e não houve fatalidade.
De 2002 para cá, portanto, vem crescendo o número de ataques em escolas em várias partes do país.
A preocupação com o problema, relativamente recente, tem levado estudiosos e autoridades e jogar luz nessa questão e a buscar um entendimento maior sobre essas ocorrências.
Além, claro, da adoção para se prevenir e combater os ataques.
Roberto Naves anuncia em breve calendário de ordens de serviços do Anápolis Investe
No mesmo dia em que houve o ataque em Santa Tereza de Goiás, o prefeito Roberto Naves montou uma reunião com o Comando Regional da Polícia Militar, juntamente com representações do Ministério Público e Poder Judiciário.

Um dos efeitos desse encontro foi a disponibilização de recursos do banco de horas, para que a Força Tática, grupamento da PM que funciona a partir de parceria entre o município e a corporação, intensifique a presença policial nas proximidades das escolas, através de rondas.
Além dessa presença, a PM também está fazendo orientações junto à comunidade escolar e deixando contato para um atendimento mais imediato, quando necessário.
A Polícia Civil de Goiás, por sua vez, elaborou uma cartilha, que pode ser acessada no site da corporação (www.policiacivil.go.gov.br), com dicas para os pais, professores, gestores e a comunidade em geral.
Apoio da população
Em suas redes sociais, o prefeito Roberto Naves conclamou a população, sobretudo, os pais e responsáveis por alunos, para que se juntem ao propósito de combater a violência escolar.
Ele destacou a importância de que cada pai possa ter um acompanhamento maior do filho em relação às suas atividades escolares e suas atividades em redes sociais. O que, de fato, é uma das principais recomendações de especialistas.
Goiás
No âmbito estadual, o governador Ronaldo Caiado também anunciou medidas de enfrentamento à violência nas escolas, entre elas, a aquisição de detectores de metais portáteis. Ele também determinou a ampliação do policiamento no entorno de unidades de ensino, sejam elas municipais, estaduais ou federais.
Além disso, o governador adiantou que vai encaminhar para a Assembleia Legislativa de Goiás, um projeto para possibilitar que professores e coordenadores possam realizar a vistoria de alunos que estejam agindo de forma suspeita.
De acordo com o secretário estadual de Segurança Pública, Renato Brum, desta que as polícias Civil e Militar estão trabalhando de forma integrada, com respaldo dos setores de inteligência, com o objetivo de identificar e adotar as medidas que forem cabíveis.
