´Aqui é um cantinho do céu, quem vem não quer sair´. A afirmação é da paciente do Hospital Dia, Maria Rosa. O nome é fictício, mas a sua história é comovente e verdadeira. Já faz um bom tempo que ela chegou na unidade, depois de passar por uma crise de depressão profunda que quase a levou ao suicídio. Hoje, embora ainda careça de acompanhamento profissional, ela tem uma cabeça tranquila, lúcida e o sorriso tomou-lhe novamente a face. Mas, as marcas em seu rosto demonstram que manter a chama da vida e retomar a esperança não foi nada fácil.
Assim como Maria Rosa, cerca de 70 a 80 pacientes com vários tipos de doenças e transtornos mentais encontram-se acolhidos no Hospital Dia. Anos atrás, segundo os diretores Maurício Candiotto Guimarães e Marcelo Lúcius Pereira Gomes, a unidade funcionava como um hospital 24 horas, sendo dirigido por um dos pioneiros da psquiatria em Anápolis, o Dr. Neiron, muito conhecido da população.
A partir de 1993 aos dias atuais, o hospital (então chamado Instituto de Psquiatria Professor Wassily Chuc) deixou de realizar a internação integral, moldando-se ao sistema que foi configurado naquela década pela reforma psiquiátrica, que foi consagrada apenas em 2001, com o advernto da Lei Federal 10.216, que instituiu um redirecionamento à assistência em saúde mental no País, sendo que, neste entremeio, surgiram as normas regulamentando a implantação dos serviços de atenção diária (CAPs, NAPs e Hospitais-Dia).
Para quem ainda não conhece, o Hospital Dia de Anápolis está localizado na Avenida Engenheiro Portela, na região Central, quase no início da Vila Góis. A fachada do prédio é simples. Do lado de dentro, funcionam a recepção; consultórios; salas de eletrocardiograma e encefalograma; banheiros com adptação para portadores de deficiência física; dentre outras instações.
Na parte interna estão os abrigos, onde os pacientes permanecem no período que vai das 8 às 16 horas. Lá, eles recebem atendimento de uma equipe multiprofissional com médicos, enfermeiros, assistente social, psicólogo, psicoterapeuta e, também, a assistência farmacêutica. Durante a semana, conforme explica o médico Maurício Candiotto, além de todo este acompanhamento, os pacientes recebem refeições e a medicação prescrita. No sábado e no domingo, os pacientes ficam somente aos cuidados dos familiares, sendo de responsabilidade dos mesmos a continuidade da medicação, que é fundamnetal para o êxito do tratamento, conforme avalia o médico Maurício Candiototo.
Para o diretor do Hospital Dia, um dos principais diferenciais da unidade é justamente esse, ou seja, criar um elo para que o paciente tenha o apoio da família no seu tratamento e que ele próprio tenha consciência da importância de usar a medicação na forma adequada. Maurício Candiotto observa que não há um período específico para a manutenção do paciente no tratamento. Isso variaconforme cada casos. E há muitos deles que são complexos, como o de um homem que veio do Rio de Janeiro, chegou a ser agredido quendo estava na rua e, agora, está recebendo o cuidado necessário. Outro ponto é que, no Hospital Dia, as internações são voluntárias, isto é, quando a própria pessoa busca ajuda ou é encaminhada pela família.
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