Descobri, ao longo dos meus mais de cinquenta anos de vida, que dinheiro é um assunto altamente espiritual. Esta descoberta foi feita por meio de meus estudos bíblicos. Não são raras as vezes em que a Bíblia fala sobre esse assunto e, em especial nos Evangelhos, são muitas as ocasiões em que a questão financeira é o foco da ministração de Jesus. Neste texto descrito em Mateus, Jesus conta a história de um homem que possuía muitos bens e resolve fazer uma viagem. Pensando em seus negócios, para que não houvesse perdas durante sua ausência, ele chama três pessoas, certamente de sua confiança, e distribui entre elas recursos financeiros a serem trabalhados. Antes de sair, instrui o pequeno grupo a agir com diligência e multiplicar os recursos. O patrão os conhecia tão bem que deu a cada um segundo sua capacidade administrativa. Fazendo uma analogia bem simples, vejo o primeiro como auxiliar da tesouraria, o segundo como o tesoureiro e o terceiro, que recebeu o maior valor, como o gestor da empresa. Jesus não dá muito a quem não possua condições de multiplicar, mas isso pode mudar à medida que a pessoa consiga desenvolver seu talento administrativo. Isto vale para bens, amigos, talentos, responsabilidades, etc. A Bíblia diz que a quem muito foi dado muito será exigido e isso é fascinante. Deus não exige de nós o que não podemos fazer e sim de acordo com nossas habilidades. Voltando à parábola, a viagem chega ao final e, certamente, o empresário volta cheio de expectativa com relação aos seus bens. Todos comparecem diante dele para prestar contas do que haviam recebido. O gestor, que havia recebido a maior soma e, por ser um profissional capaz, inteligente e conhecedor do estilo empreendedor e firme de seu patrão, trabalhou rapidamente e conseguiu dobrar o valor. O segundo se esforça ao máximo e consegue o um resultado extraordinário: 100% a mais do dinheiro recebido. O terceiro era fraco, incompetente, tímido e gostava de fazer julgamento das pessoas. Quando o senhor pergunta o que ele fez com o dinheiro, a resposta é, no mínimo, vexatória e covarde, tentando transferir a culpa para próprio senhor: ´Eu sabia que o senhor é um homem severo, que colhe onde não plantou e junta onde não semeou. Por isso, tive medo, saí e escondi o seu talento no chão. Veja, aqui está o que lhe pertence´. Acredito que todos haviam sido pagos para fazer seu serviço, mas um deles se acovardou e não fez o que devia fazer, preferiu não correr riscos. Era mais ´seguro´ enterrar o dinheiro e se omitir de sua obrigação. A atitude do senhor não poderia ser outra senão tomar o dinheiro e entrega-lo ao que possuía mais habilidade e era mais corajoso, pois, no mínimo, ele dobraria o valor. A vida cristã não é diferente. A Bíblia diz ´Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, Ele retira; e todo que dá fruto, Ele limpa, para que dê mais fruto ainda´ (João 15:2). Eis a razão pela qual a vida profissional, familiar, pessoal e ministerial de muitos é enriquecida diariamente.
A “proibição” da liberdade de expressão
Nos últimos dias circulou nos veículos de comunicação de todo o país a fala do desembargador goiano Adriano Linhares sobre...