Logicamente que em política – e em nenhum outro segmento social – deve haver reserva de mercado. No mundo sócio/capitalista, não se admite pessoas serem donas da verdade ou da situação. Sem contar o livre arbítrio, garantido constitucionalmente, assim como a livre escolha, uma das mais importantes conquistas da humanidade. É bom ter o direito de escolher o caminho, ter a preferência, ter a liberdade de definir. Mas, o bom senso, o equilíbrio e, principalmente a consciência, são, efetivamente, os dosadores do comportamento social.
Anápolis vive, de alguns anos para cá, a “síndrome do estrangeirismo”, qual seja, a invasão silenciosa e despretensiosa de lideranças políticas que, chegando de mansinho, acabam provocando estragos, muitos deles irreparáveis. É gente que vem de outras plagas, com procedimentos, às vezes não muito éticos nem muito corretos, abocanham grande soma de votos, se elege para importantes cargos (deputado estadual e deputado federal, principalmente), depois vai embora e, como acontece na Copa do Mundo, só aparece passados quatro anos. Uma pena.
Está passando da hora de Anápolis acordar para isto. Todo mundo se lembra de quando a cidade trabalhava seus próprios candidatos. Anápolis tinha mais força, mais representatividade, mais respeito e melhor status político. Hoje, com raras exceções, uma cidade de 300 mil habitantes, depende de favores de políticos representantes de outros municípios, muitos deles bem menos expressivos do que o nosso.
Estamos a menos de nove meses das eleições. Até lá, dá muito tempo de escolhermos os partidos, os candidatos, analisarmos cada um deles e votarmos. Mas votarmos em gente de Anápolis. Gente que sabemos onde mora, o que faz, a procedência, a origem. Xenofobismo à parte, chega de alienígenas em Anápolis. Temos ótimos nomes, gente de respeito, gente de moral, gente capacitada para nos representar. E bem. A responsabilidade é nossa.
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