Um dos quatro elementos da natureza (os outros são a terra, o ar e o fogo), a água é, indiscutivelmente, a mais emblemática desse conjunto. Até pelo que representa em termos de história, seja ela secular, seja ela religiosa. A água está ligada à criação do mundo segundo a Bíblia, sendo a primeira consideração que se observa. “A terra era sem forma e vazia e o espírito de Deus se movia sobre a face das águas”, dizem as Sagradas Escrituras, em seus primeiros versos. Aprofundando-se, mais, conclui-se que a água foi formada antes dos outros elementos e é, de acordo com isto, o segundo elemento mais pesado e o mais importante para a vida.
Os seres, sejam vegetais ou animais, não sobrevivem sem água, que é formada por duas partículas de hidrogênio e uma de oxigênio (H2O), segundo a lei da Química. Das águas surgiram os primeiros inventos, as primeiras descobertas. A navegação por água foi o primeiro meio de transporte conhecido e é através da água que se movem moinhos, se produz energia, se alimentam os campos e as cidades. Uma pessoa pode ficar dez dias sem comer que sobrevive. Mas, não teria o mesmo resultado se ficasse sem beber água. Por tudo isso, então, não há como minimizar a importância da água para a humanidade.
Acontece, entretanto, que o homem, através dos tempos, vem desrespeitando esse importante elemento natural. Daí, as grandes catástrofes; os grandes desastres ambientais; as inundações, as enchentes e outros problemas enfrentados pelo mundo moderno. O ser humano desconhece a importância da água, desde que a enche de impurezas, até quando a desafia, expondo-se a riscos desnecessários e a situações inadequadas. E, não são poucas as vezes em que os resultados se mostram negativos, problemáticos, catastróficos e desastrosos. A história mostra os grandes casos de naufrágios (lembram-se do Titanic?), dos maremotos (tsunamis) e outros problemas advindos da relação irregular entre homem e água.
Agora mesmo, a mídia nacional está às voltas com vários casos de tragédias resultantes disso. Seja nos desabamentos de morros, inundações de casas e estabelecimentos comerciais, destruição de lavouras e outros problemas. E, em muitos desses episódios são registradas vítimas a lamentar. Tudo por conta dos desafios que o homem faz às águas e, principalmente, pela negligência e pela imprudência com que a trata. Em poucos dias o País viu, aterrorizado, casos de crianças que morreram vítimas de afogamento em piscinas de luxo, justamente porque se expuseram aos perigos da água, sem que os cuidados necessários tivessem sido adotados. Um caso em Caldas Novas; outro em Belo Horizonte, mais um em Brasília, outro mais em São Paulo, somente para ficar nos que ganharam espaço na mídia. A água que dá vida; que alimenta, que produz energia é a mesma água que mata, bastando, para isto, que não a respeitem. Crianças e pessoas inabilitadas, não devem ser expostas às águas. Não se pode edificar prédios à beira dos rios, lagos e outros cursos d‘água. Não se deve navegar sem os princípios elementares de segurança.
Desta forma, o encantamento proporcionado por este importante elemento natural, não pode ser confundido com descaso, irreverência ou, irresponsabilidade. A água impõe limites. Ela não deve ser desafiada por quem não esteja preparado. Os resultados, nem sempre, são bons. Muitas e muitas famílias choram a perda de entes queridos, de bens materiais e de outros componentes de suas estruturas, devido à irreverência com que trataram a água. Em resumo, as águas dão a vida, mas dão a morte, também.
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