Anápolis está dando passos consistentes em direção a uma proposta ecológica de qualidade. Felizmente, este sentimento tomou conta da população, e das autoridades, há algum tempo e vem obtendo uma sistemática, e positiva, sequência que é do agrado geral. Despertadas pela necessidade de se preservar o que restou e, mais do que isso, tentar resgatar alguma coisa do que se perdeu em tempos de forte, e consistente, ignorância ecológica e ambiental, devido, principalmente, à volúpia da busca pelos valores pecuniários, a comunidade anapolina tem alguns projetos dignos de comemoração.
Depois de um período em que a especulação imobiliária falou mais alto do que a consciência sobre a necessidade de se olhar, com olhos críticos, para a importância de se dar boa qualidade de vida à população, via projetos ambientais inteligentes, exequíveis e salutares, as autoridades constituídas passaram a desenvolver procedimentos que soam, e são vistos, como bons alentos para que a cidade recobre um pouco do que tinha em termos de conforto ecológico e busque alternativas para não piorar, mais, o que já foi danificado com o passar do tempo.
Vale lembrar, neste espaço, a luta, quase que anônima, de homens como James Fanstone, que criou o primeiro mini-zoológico de Anápolis, onde tentava mostrar a importância de se preservarem as espécies da fauna e da flora regionais, até em um passado mais recente, quando o ambientalista Amador Abdalla era “um grito no deserto” contra a impiedosa e criminosa devastação das reservas nativas, até então existentes. Esses dois heróis anapolinos já não estão mais entre nós. Mas, a luta que deixaram como exemplo, deve ter servido para que os cidadãos de hoje, se inspirem e adotem caminhos que possam cooperar a fim de que o ambiente seja mais ameno, mais saudável e mais aceitável.
Por falar nisso, estamos em meio às comemorações da Semana Mundial do Meio Ambiente, quando a mídia se ocupa de tratar, ainda que de forma tênue, acanhada e superficial, de um tema que deveria ser mais profundo nas discussões e na execução de projetos e propostas. Mas, ainda assim, em Anápolis há o que se festejar. A implantação do Parque do Ipiranga é um exemplo. A Prefeitura “comprou” uma idéia anterior e está dando à cidade, um presente e tanto, no que se refere à ecologia. O Parque, realmente, está ficando uma beleza. E, certamente, ele é, apenas, uma das peças do tabuleiro ecológico que se pretende desenvolver na Cidade. Há muito chão pela frente ainda; muitos caminhos a serem percorridos. A começar, por exemplo, pela restauração do Central Parque “Onofre Quinan”, e do Parque “Antônio Marmo Canedo”, patrimônios essenciais da ecologia anapolina. O primeiro formado, exatamente, onde há décadas existia o zoológico de James Fanstone. O segundo, em uma área que pertenceu a Francisco Silvério de Faria, outro amante da natureza no Município.
Esta semana, a Prefeitura deu mais um passo nessa proposta, inaugurando o Parque “José Crispim”, atitude elogiável. E está anunciando outras vertentes da política ambiental, alargando o horizonte onde se aplica o serviço de coleta seletiva do lixo urbano, hoje mais conhecido por resíduo sólido. Sem contar a iniciativa de introduzir melhorias técnicas no aterro sanitário, antigo “lixão” que era um incômodo e tanto para a cidade. Muito bom; muito positivo. Povo e governo, em Anápolis, estão na trilha correta do desenvolvimento sustentável.
A “proibição” da liberdade de expressão
Nos últimos dias circulou nos veículos de comunicação de todo o país a fala do desembargador goiano Adriano Linhares sobre...