Parado desde as festas de Natal e Ano Novo, o Brasil vai voltando à realidade. É que quase nada nesse país, funciona antes do carnaval. O Congresso não tem expediente. As assembléias legislativas, idem. E, as câmaras municipais, nem se fala. A de Anápolis, por exemplo, só no dia 11.
E, na última semana, a coisa foi pior ainda. Ninguém se lembrou de Febre Amarela, de crise econômica, de roubos nos governos em geral. Tudo girou em terno do carnaval, mulheres nuas, batucadas, bebedeiras… Nem do tal Big Brother as pessoas se lembraram.
Mas, a segunda-feira vem aí. As pessoas vão precisar voltar ao trabalho, milhares delas depois de haverem gasto o que tinham e o que não tinham neste feriadão. Muitos com as contas para acertar, IPTU, material escolar, duplicatas vencidas, cobradores ligando, batendo à porta. Quem não estiver nessa situação, pode se considerar felizardo.
O Brasil está voltando à realidade. Certamente que, agora, a Prefeitura vai terminar as obras de recuperação das ruas, o Governo do Estado vai concluir a reforma que se iniciou há quatro meses e o Governo Federal vai dar um jeito de explicar, direito, o que fará para compensar a perda da CPMF.
Na parte política, os partidos vão iniciar, de fato, as campanhas para ver quem ficará com a Prefeitura e quem vai ocupar as vagas na Câmara Municipal. Aliás, esta é uma outra etapa da história da cidade que começa a ser escrita. Pelo menos 12 a 15 pessoas aspiram o “trono” hoje ocupado por Pedro Sahium. Algo em torno de 400 cidadãos (e cidadãs) estarão em busca de uma das 15 (dizem que podem ser 21 e, até, 23) vagas no parlamento municipal.
Em outubro tem eleições. Mas, antes disso, tem o feriadão da Semana Santa, o 21 de abril, feriado nacional numa baita segunda-feira; o Primeiro de Maio, Dia do Trabalho e o Corpus Chirsti, dia 22, ambos em quintas-feiras, as festas juninas, etc., etc. Quer dizer, normalidade, mesmo, não haverá neste ano, pois, passado o cinco de outubro, começam os preparativos para o segundo turno das eleições. Aí, já será quase novembro, aproximação do Natal, posse dos eleitos, e, assim vai. Logo após, vem outro carnaval… A vida segue.
Passado, presente, futuro!
O ano que chega, como reza a tradição, é um convite à reflexão acerca daquilo que passamos no ano anterior...