Quem, nessa vida, não perdeu alguém muito querido, alguém que partiu a descobrir pradarias celestes ? À exceção dos muito jovens, praticamente todos estamos nessa condição de quase abandonados , portanto, essa espécie de dor nos é familiar.
A sensação de finitude ou pior, incompletude, desaba sobre nós, muitas vezes repentinamente, seguida por uma saudade corrosiva, arrependimentos, perdões que não foram proferidos, abraços não dados, entretanto, não há mais tempo, eles se foram.
Até mesmo nas situações onde tudo estava atualizado, digamos assim, fica um restinho de ´eu poderia ter feito mais´, infelizmente esse é o sentimento comum da perda.
Entretanto, essas dores não nos aproveitam, é horrível sim e excruciante despedir-se de alguém tão definitivamente, porém, se não há nada a fazer sobre o caso, alimentar a ferida também não é muito saudável – Com o tempo, todos aprendemos a considerar a morte algo inevitável e assim amenizamos o sofrimento.
Então não devemos nos lembrar daqueles que se foram? Claro que podemos: Lembrar deles é nossa homenagem às suas vidas e nossa forma de nos reconciliar, caso estejamos em débito.
Sem entrar em dogmas religiosos, a morte só é definitiva para quem não a aceita – aceitar a morte é o primeiro passo para vencê-la, rememorar as boas ações e os bons momentos vividos junto aos que partiram é mais importante que se esconder no egoísmo vitimista de quem ficou, afinal, não é uma escolha, é sequência natural.
E além dessa consideração, lógica por princípio, existe a crença em Deus todo poderoso, parece um clichê, frase decorada de conforto, mas Ele, verdadeiramente, sabe o que faz – não são palavras vãs – ainda que nossa mente e coração não entendam o benefício de algumas situações.
Todos buscamos paz, logo, que a paz conquistada por nossos amados ausentes nos ajude na luta diária enquanto aqui estamos, comunguemos juntos, honrando suas vidas em nossa saudade e desse modo, mantendo-os mais que vivos em nossos corações, separados apenas pela distância de uma viagem de trem.
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