De uma maneira ampla, geral e irrestrita a classe que mais busca explicações para o momento atual do Brasil é a política. A situação anda tão esquisita que vereador anda fugindo até de velório.
Prefeitos; governadores; deputados, senadores e presidenta questionam as manifestações e, embora, de público, exaltem a legitimidade das manifestações, não veem a hora de o movimento refluir, as bandeiras serem arriadas e as pessoas voltarem para casa.
Muitos se perguntam, ainda, o porquê das manifestações? Outros acham que este movimento é passageiro e logo, logo o brasileiro haverá de esquecer que promessas existem para serem descumpridas e existem, apenas, para ganhar eleições. A continuar a cobrança nas ruas, vai ser difícil ser político. Já pensou ser político e não ter o direito de empregar um parente no Tribunal de Contas, ter mandato e não poder usar um jatinho da FAB para assistir uma pelada no Maracanã, participar de um regabofe casamentício no litoral da Bahia? Política sem regalias, sem mordomias, vamos combinar, deve ser muito chato.
Se os políticos menores estão preocupados, imaginem a Presidenta Dilma, há um mês a presidente mais popular da historia política brasileira e, hoje, sendo apupada em estádios e, até mesmo, por prefeitos de sua base aliada. Daqui a pouco teme ser cobrada pela governança na cozinha do Planalto.
Considerada, por muitos, pragmática, intransigente com erros de seus inúmeros ministros e, exigente a ponto de sugerir até mudança de rota aérea para o Comandante da aeronave presidencial, Dilma tem tido, ultimamente, um comportamento errático moldado à feição do vento feito biruta de aeroporto. Mal aconselhada, propôs uma Assembleia Constituinte para discutir reforma política, ideia abandonada 24 horas após. Propôs um plebiscito para também discutir mudanças pontuais na agenda política, mas esqueceu-se de que sua base política mais do que aliada é fragmentada. Elegeu os médicos responsáveis pela mazela da saúde e propôs mudanças sem chamar qualquer representante da classe para um chá no Planalto.
Dilma recebe uma saraivada de críticas, por todos os lados. Era de se prever que a oposição tentasse capitanear este momento de fragilidade da Presidenta, mas o que mais incomoda Dilma é o ‘fogo amigo‘ vindo dos partidos de sustentação e, também, do PT que ensaia um “Volta Lula”.
É cedo ainda para dizer que Dilma esteja irremediavelmente perdida, até porque, a oposição, também, sofre desgastes e, Aécio Neves, principalmente, parece mais preocupado em programar seu matrimônio do que apresentar-se como opção confiável para a Presidência. Também Marina que, talvez, tenha sido a maior beneficiada deste momento, encontra dificuldades para viabilizar sua REDE e, principalmente, precisa de um discurso mais prático e menos messiânico. Acima da oposição hesitante e sem rumos, o que mais desgasta Dilma são os políticos de sua base e seus sábios conselheiros.
Dilma e, também, os atuais governadores, sabem que as eleições de 2014 já começaram!
A “proibição” da liberdade de expressão
Nos últimos dias circulou nos veículos de comunicação de todo o país a fala do desembargador goiano Adriano Linhares sobre...