Afinal, o grande dia está próximo. Já se disse que nenhum fato político é mais importante do que eleição. Ela é a essência da democracia, porque nos iguala, a todos, frente à cabine de votação. O sistema se aperfeiçoou nos últimos anos e tem-se como certo que a forma de escolher os representantes populares nunca foi tão seguro. Em poucos minutos, segundos até, o eleitor exerce o dever de votar. Poderia ser, apenas, o direito, como foi deixado pelos romanos (jus sufragii, ou direito de votar), que tinham nas eleições, a maior demonstração de cidadania e liberdade. Mas, os tempos são outros e as regras são, por demais, definidas. E o que se espera é que o pleito transcorra dentro da maior paz social, da ordem, da ética e da civilidade. Foi-se o tempo em que se ganhava eleição “no cano do 38”, ou, “na ponta da baioneta”. Hoje, felizmente, o povo brasileiro pode ir tranquilo para as urnas.
O que compete, entretanto, a todos nós, é a responsabilidade de escolher. Jamais deveremos nos deixar levar pela emoção; pelo compadrismo; pelo companheirismo, pelas coisas de momento. Votar é coisa mais séria do que muita gente pensa. É o momento de decisão importante. Um voto pode mudar o curso de uma cidade, de um estado, de um país. Para ganhar, ou, para perder. Quem ganha, mesmo que seja por larga vantagem, não deve se esquecer de que não foi unanimidade e que significativa parcela do eleitorado não concordou com o seu projeto político. E, se a eleição for mais equilibrada, a preocupação é maior, na proporção da diferença numérica. Se, por exemplo, um candidato for eleito com 60 por cento dos votos, deve, sempre, ter em conta que 40 por cento dos eleitores não concordaram com ele. E, o eleito, independentemente da quantidade de sufrágios, deve ter a consciência de que governará para todos. Para quem votou e, para quem não votou nele.
Nestas eleições, os goianos têm sete opções para votar na escolha do futuro governador. E, os brasileiros terão 12 alternativas para escolherem o Presidente, ou a Presidente da República. Opção é o que não falta. Assim sendo, que cada eleitor escolha, com prudência, com parcimônia, com responsabilidade e com muito respeito, seus representantes para os próximos quatro anos.
A “proibição” da liberdade de expressão
Nos últimos dias circulou nos veículos de comunicação de todo o país a fala do desembargador goiano Adriano Linhares sobre...