O Governo do Estado decidiu enfrentar, com toda a energia, a onda de crimes que assola Goiás. Nada mais justo, nada mais oportuno. Afinal de contas, o bem maior que todos nós possuímos é, indiscutivelmente, a vida. E é desta vida que estamos falando. Até porque, de nada adiantaria viver em um estado progressista, rico, com boas perspectivas no campo socioeconômico, se não tivermos a tão decantada sensação de segurança. Trocando em miúdos, de nada adianta termos jóias, se não pudermos usá-las, sob o risco de sermos assaltados em via pública. De nada adiantaria possuirmos um carro de alto valor, se, no dia-a-dia corremos sérios riscos de perdê-lo em um assalto. De nada adiantaria termos uma boa moradia, se os ladrões a rondam diariamente na tentativa de adentrá-la. Assim sendo, ao lado do progresso, os governos, de uma maneira geral, têm, sim, de se preocupar com a vida, a integridade o bem estar e o sagrado direito de ir e vir de seus concidadãos.
E, esta possibilidade existe, ela é bem concreta e real. Basta a chamada vontade política, ou, a vontade de fazer. Afinal de contas, não é todo mundo que pode andar em carro blindado, ter seguranças à disposição e morar em palacetes cercados de alarmes, vigilantes e uma parafernália de equipamentos que prometem garantir a integridade para determinados cidadãos. Mesmo assim, uma hora, eles vão ter de sair do carro, da casa, vão ter de se expor. É aí, portanto, que entra a parte dos governos. Na via pública, nos locais públicos, nos eventos públicos o cidadão, desprotegido, necessita da ação enérgica do estado para garantir-lhe o que está escrito nos códigos, na Constituição.
Tem jeito de se implantar um projeto aceitável de segurança em Goiás? Claro que tem. Como no resto do Brasil também. Outros países já fizeram isto e deu certo. Quem não se recorda do plano “Tolerância Zero Para o Crime”, preconizado, adotado e executado pelo então prefeito de Nova Iorque, Rudolph Giuliani, no início dos anos 2000? Ele conseguiu, com o apoio da comunidade e com um projeto arrojado, inibir em níveis extraordinários, os índices de criminalidade que eram considerados os mais altos do mundo, na mais famosa cidade norteamericana. O que foi empregado ali? Muita vontade política, poder de convencimento e qualificação do aparelho policial. A partir de então, povo e governo de Nova Iorque se uniram e a criminalidade começou a baixar. Bandidos iam, de fato, para a cadeia. Quem resistisse, era tratado com a severidade que a lei permitia. Além disso, houve uma migração, quase que em massa, das gangues de Nova Iorque para outras cidades e outros estados. Resumindo, Nova Iorque, se tornou, em pouco tempo, em uma das cidades mais seguras do mundo.
Assim sendo, é possível que o Governo de Goiás, com o apoio das prefeituras, dos sindicatos, das lojas maçônicas, dos clubes de serviço, da sociedade organizada como um todo, dê aos goianos o que eles mais querem: segurança. Se o Governo fizer isso, o povo faz o resto. Ou seja: trabalha, progride, constrói, edifica, cresce e aparece. É hora, portanto, de se esquecerem as cores partidárias, as simpatias e antipatias, as doutrinas políticas e/ou religiosas para, irmanados, os goianos aproveitarem esta grande oportunidade de construírem uma sociedade fraterna, justa e com segurança. Basta querer.
A “proibição” da liberdade de expressão
Nos últimos dias circulou nos veículos de comunicação de todo o país a fala do desembargador goiano Adriano Linhares sobre...