Na verdade, elas estão chegando. Apesar das críticas de que ainda não encontraram seu espaço na política, as mulheres, aos poucos, avançam na busca de se posicionarem melhor, no que diz respeito à política e, mais especificamente, às eleições. Em Brasília, por exemplo, os ventos sopram favoráveis à Ministra Chefe da Casa Civil da Presidência da República, Dilma Roussef, tida como a “preferida” do Presidente Lula nas eleições de 2010. E é bom não duvidar.
Em São Paulo, Marta Suplicy, apesar dos desgastes provocados por sua “língua solta”, está superando os concorrentes na disputa pela prefeitura e, com reais chances de ganhar. Em outras cidades, certamente não tão importantes como São Paulo, mas de expressiva presença no contexto sócio/político e econômico do País, as mulheres aprofundam suas participações no cenário eleitoral. O Rio Grande do Sul, estado conservador ao extremo, é governado por uma mulher (Yeda Crusius). Da mesma forma, o estado do Pará tem Ana Júlia Carepa e o Rio Grande do Norte tem Wilma Faria como dirigentes máximas. Então as mulheres, em que pese serem pouco mais de 10 por cento das candidatas, estão ganhando postos de suma importância. Vale lembrar que, unidas, elas fazem, se quiserem, tranquilamente, a maioria dos parlamentos, das governadorias, das prefeituras e, por que não, uma presidente da República. Afinal, elas são mais de 51 por cento da população e, consequentemente, do eleitorado.
Assim sendo, é bom nos acostumarmos com a idéia de sermos governados por elas. No dia cinco de outubro, muitas delas vão disputar prefeituras e vagas nas câmaras municipais. E, partindo do princípio de que as eleitoras são em maior número, podemos ter muitas surpresas por aí. Este ano são 1595 mulheres disputando. Bem melhor que em 2004, quando foram 1501. E em 2000 eram, apenas, 1140, espalhadas por todas as cidades brasileiras.
Na verdade, a presença de mulheres ocupando cargos importantes no Executivo e no Legislativo, em todo o mundo, vem aumentando. Antes eram poucos os exemplos, como Indira Ghandi na Índia; Golda Meir, em Israel, Benazir Butho, no Paquistão, Isabelita Perón, na Argentina e alguns outros raros exemplos. Hoje não. Países considerados fortes, são governador por mulheres. A saber: Argentina (Cristina Kirchner); Alemanha (Ângela Mekel); Nicarágua (Violeta Chamorro); Letônia (Vaira Vike); Panamá (Mireya Moscoso) Chile (Michelle Bachelet); Finlândia (Tarja Halloen) Irlanda (Mary McAleesse) e, por aí, vai.
Isso significa, em outras palavras, que as mulheres nunca estiveram tão em alta na política, seja ela internacional, seja ela doméstica. No caso de Anápolis, por exemplo, pela primeira vez na história, temos duas candidatas a prefeita, concorrendo por partidos considerados fortes. É um indício, mais do que claro, de que a evolução política feminina veio para ficar. Se as mulheres vão ganhar, ou se vão perder as eleições de outubro por esse Brasil afora, é outra conversa. O que não se pode negar é que elas avançaram muito e não será surpresa, nem zebra, se ganharem as prefeituras de muitas cidades importantes este ano.
Profissão em alta: Diretor de Felicidade
Samuel Vieira É… quem diria. A felicidade tem sido algo tão escasso, a insatisfação, estresse e descontentamento tão presentes, que...