Conta a história que as primeiras penetrações nesta região ocorreram no início o Século XVIII, por garimpeiros e prospectores, que lançaram a semente de muitas cidades. Uma delas começou a surgir em meados do Século XIX, às margens do Ribeirão das Antas, ponto estratégico da rota do ouro e mais tarde da troca de mercadorias entre fazendeiros e mercadores. Neste cenário, o povoado transformou-se na cidade de Anápolis, morada dos sonhos das pessoas do lugar e dos migrantes que aqui chegavam para ficar. Na década de 1930, a inauguração da estrada de ferro abriu novas perspectivas à região que transformou-se no maior centro mercantil do Estado.
A marcha para Anápolis acontecia a todo vapor e atraia migrantes de vários estados e do exterior. Era o sonho e a esperança de um mundo novo e melhor, que faziam a cidade crescer da noite para o dia. Com o advento de Goiânia de Brasília, construídas à sombra da pujança de Anápolis, a economia local sofreu a ameaça da estagnação provocada pela evasão de divisas e recursos humanos para as duas grandes metrópolis. A garra dos anapolinos que edificaram a cidade com amor e determinação ensejava uma nova vocação econômica agregada ao nosso maior trunfo: a localização geográfica.
Com a criação do Daia, em 1976, o sonho da industrialização foi agigantado a partir do final da década de 1990, através do incremento de incentivos e da atração de investimentos. Hoje, com 126 indústrias, gerando mais de 15 mil empregos, o Distrito Agroindustrial de Anápolis, o Polo Farmacêutico e o Porto Seco, representam a grande força de Anápolis, uma cidade que quebrou paradigmas e encontrou o seu novo e promissor caminho ao consolidar o maior centro industrial e tecnológico do Centro-Oeste.
O desenvolvimento de Anápolis – uma das 20 melhores cidades do Brasil para viver e investir (pesquisa revista Veja) e terceira maior economia do Centro-Oeste – deve ser creditado à líderes que escreveram e escrevem a sua história, notadamente na fase exponencial potagonizada pelo governador Marconi Perillo e agora pelo prefeito Antônio Roberto Gomide.
Força singular que impulsionou o desenvolvimento ímpar de Anápolis e participou de nossas lutas e conquistas nos últimos 75 anos é a Associação Comercial e Industrial de Anápolis, líder de 20 entidades representativas do setor produtivo. A participação ativa de homens abnegados e determinados a trabalhar por Anápolis e por Goiás gerou aqui um dos maiores movimentos classistas do Brasil.
A energia desta força é a união das entidades na defesa de ideiais de desenvolvimento e de melhoria da qualidade de vida. Nas últimas décadas, a Acia e as entidades a ela coligadas foram a grande tribuna de Anápolis e uma trincheira de lutas por Goiás, que gerou líderes e produziu soluções.
Produtos da garra de Anápolis, líderes emanados pelo prestígio da Acia e do setor produtivo, empresários de visão e ação, eles honraram as entidades e dignificaram a classe ao acreditarem na industrialização. Há que se tributar a esses líderes um grande percentual dos dividendos do sucesso de Anápolis, que voltou a crescer da noite para o dia.
Cultural, social, econômica e sustentavelmente.
Da mesma forma que chegou até aqui, através da atuação de suas entidades e da militância de seus líderes, Anápolis enfrenta um novo desafio: o fortalecimento de sua representação política para o enfrentamento das demandas que estão à frente de seu caminho para galgar o topo da economia do Centro-Oeste. Assim como Goiás criou o mito Marconi Perillo, Anápolis começa a reencontrar a sua força política através de Antônio Roberto Gomide. Sobre ele, Rubens Otoni, Carlos Antônio, José de Lima e os anapolinos que ocupam cargos importantes na esfera estadual pesa a responsabilidade de lutar por projetos recorrentes e obras estruturantes, como a construção do presídio, do viaduto do Daia, do Aeroporto Internacional de Cargas, do Centro de Convenções e da Feira Permanente, a ampliação do Daia, a criação da Zona Franca de Manaus e a operação do terminal da Ferrovia Norte Sul e da Plataforma Multimodal de Transportes, um conjunto estratégico de logística que transformaria este muncípio na maior central de distribuição do interior do Brasil, com projeção internacional em importação e exportação.
Predestinado a liderar este desafio, Gomide tem sido o mensageiro da paz pela união das forças de Anápolis. O vereador bom de briga, agora é o prefeito realizador e pacificador, sonho do consumo de um povo que estava desencantado com a chance da cidade ter tão cedo um administrador que pudesse alavancar projetos de moralização, modernização e sustentabilidade, para atrair investimentos e gerar emprego se transformasse, de repente, num ótimo lugar, também, para viver, comprar, estudar e passear.
A par dessa visão de desenvolvimento qualitativo, voltado para dentro do Município, Anápolis vai estartar no I Encontro Estratégico de Prefeitos e Líderes da Região, programado para outubro, em parceria com a Secretaria de Indústria e Comércio do Estado, a Acia e a Rádio são Francisco AM 670, o programa de descentralização da industrialização e das riquezas do Estado. A cidade vai continuar brigando por seus projetos estratégicos, mas quer voltar a excercer liderança regional, em apoio aos municípios vizinhos que estão à margem da modernidade, apesar de fazerem parte da macro região do Corredor Goiânia, Anápolis e Brasília, com seis milhões de habitantes e mais de 60% do PIB brasileiro, num raio de apenas 1.300 km – segundo maior centro de consumo do País.
Anápolis sai na frente do plano de descentralização arquitetado pelo governador Marconi Perillo e pela SIC. O Encontro Estratégico poderá ser o embrião da Região Metropolitana de Anápolis e o indutor de desenvolvimento dos pequenos municípios, tão próximos geograficamente e tão distantes econômicamente, que dependem basicamente da agricultura e da pecuária de sobrevivência.
É preciso criar um cinturão de crescimento sustentável em torno de Anápolis, não apenas para conter a migração, mas para oportunizar aos moradores das cidades vizinhas chances de uma vida melhor.