O governo de Butão, um pequeno pedaço de terra encravada entre a China e a Índia, aos pés do Himalaia, criou um índice para medir a realidade de seu país, considerado o mais feliz do mundo: A Felicidade Interna Bruta
Esta é uma medida interessante e desafiadora. O que realmente importa? A soma de todos os bens, o (PIB) Produto Interno Bruto ou a soma de toda a felicidade, a (FIB) Felicidade Interna Bruta?
Jesus foi o primeiro a questionar a forma como avaliamos as coisas e como as valorizamos, ele afirmou que “ a vida de um homem não consiste na quantidade de bens que ele possui….” Perguntou ainda: “De que vale ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”
Tenho chegado à conclusão de que, aconteça o que acontecer, a maior derrota da vida é chegar ao final dela e descobrir que não valeu a pena ter vivido. Já viram pessoas que à medida que envelhecem, tornam- se mais ricas e com mais posses, mas sozinhos, irritados com a vida, sem prazer no que fazem, amargurados com todos e com a existência em si mesma? Que acham que as pessoas se relacionam com elas apenas por aquilo que ele possuem?
De nada nos adianta vivermos regaladamente, mas com o coração vazio; ou termos investimentos em muitas frentes, mas sem sentido algum naquilo que fazemos.
Salomão é um personagem bíblico, celebrado rei em Israel, filho de Davi, mas ele afirma em um dos textos que escreveu sua decepção e vazio com a própria história: “Tudo quanto desejaram meus olhos, não lhes neguei, nem privei meu coração de alegria alguma, mas a recompensa de todas elas era canseira e enfado, pois eu me alegrava em cada uma de suas fadigas”. Para mim, esta é uma declaração de fracasso, um testamento de frustração e amargura.
Quer saber quanto está valendo sua vida? Olhe não para a quantidade de bens que você declarou no imposto de renda, nem a qualidade dos carros e das roupas que tem comprado, ou em quantos metros quadrados tem sua casa e muito menos nos seus investimentos. Olhe para dentro de si mesmo e pergunte: Estou encontrando sentido em tudo que faço?
Se a resposta for negativa, não precisa ficar assustado. Em geral as pessoas tem mais tendência para insatisfação que ao contentamento. Mas ao mesmo tempo, comece a avaliar como esta situação de morbidez e tristeza pode ser revertida.
Eis alguns passos simples. Comece indagando como está sua vida em relação às coisas sagradas. Agostinho afirmou que fomos criados por Deus, e nossa vida não encontra sentido, enquanto não voltarmos para Deus. Talvez você precise chorar e pedir perdão a Deus pela sua vida de distanciamento e indiferença, mas perdoar é uma prerrogativa sagrada então não se assuste com isto. Deus é rico em perdoar e restaurar nossas jornadas fracassadas. Segundo, indague sobre seus valores. Comece pela sua integridade. Quanto de sua consciência tem sido cauterizada em face de seu desejo e afã de prosperar e ser uma pessoa bem sucedida e próspera? Dinheiro não é a única coisa viciante, o sucesso também gera dependência: aclamação pública, popularidade e aplauso também.
Terceiro, olhe para seus relacionamentos. Invista naqueles que serão os únicos que estarão chorando na sua morte. Existem amigos esquecidos na sua trajetória e correria, filhos e pais que precisam de mais atenção e cônjuges que precisam de cuidados. Retome as amizades simples de sua história, resgate seu relacionamento em casa que tem sido tão fragilizado.
Afinal de contas, o que conta, não é o quanto você tem, mas quanto significado e sentido você tem encontrado em viver, o que neste artigo chamamos de felicidade interna bruta.
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