Nem mesmo o mais assíduo de meus poucos leitores há de ter sentido a falta de meus escritos nestas últimas quatro semanas em que poupei o jornal de minhas crônicas. É provável, até, que os meus substitutos neste espaço tenham alavancado as vendas deste hebdomadário.
Quanta coisa muda em um curto espaço de tempo, seja para melhor ou, seja para pior. Políticos, quase sempre, mudam para pior, sua vida. Espero, tenha mudado para melhor. Este jornal mudou para melhor. Mais robusto, com mais páginas, novos colunistas, quem sabe o embrião de um jornal diário que Anápolis tanto busca.
Pausas servem para reflexão e, que tal falarmos do tempo e da nossa necessidade de dominá-lo. Quanto mais crescemos, mais trabalhamos, mais reféns nos tornamos do tempo. O titulo desta crônica foi retirado de uma expressão italiana que nos remete à preguiça, à indolência. Vivemos em uma sociedade que pune o ócio, a preguiça. Nossas pausas precisam ser justificadas sob pena de parecermos inúteis. Temos vergonha do descanso. Trabalhadores não podem pausar o tempo, não conseguem dominar as horas, os dias, o mês.
Poderíamos imaginar que o próximo minuto seria o ultimo, preferimos acreditar que ele é tão somente o inicio de um novo tempo de mais trabalho, mais correrias, mais preocupações. Com isto não nos preocupamos em agradar ao próximo, perdemos a chance de sorrir, gargalhar, jogar conversa fora, conversar com os filhos, dizer “eu te amo” à pessoa amada.
Perder a noção do tempo, esquecer o que ficou para trás, não pensar no amanhã, viver cada instante, cada momento, não custa sonhar. Até quando ficaremos no lamento do que passou e no anseio daquilo que ainda não chegou?
Outra expressão, esta em latim, reflete, bem, estas mal traçadas linhas “carpe diem, quam minimo credula postere”, ou seja, colha o dia de hoje e acredite o quanto menos no dia de amanhã.
Por fim o que estás ainda fazendo lendo esta crônica?
A “proibição” da liberdade de expressão
Nos últimos dias circulou nos veículos de comunicação de todo o país a fala do desembargador goiano Adriano Linhares sobre...