O cidadão brasileiro chegou, esta semana, a mais um recorde. Agora é no pagamento de tributos. Já entraram para os cofres públicos, em 2013, mais de um trilhão de reais. E, a marca aconteceu em prazo bem menor do que o registrado em 2012, significando que, na velocidade em que a coisa está indo, facilmente superaremos a marca alcançada no ano passado.
Mas, o que todo mundo quer saber, de fato, é se esta arrecadação monstra resultou em melhor qualidade de vida para o brasileiro. Nunca se pagou tanto tributol, graças, claro, ao aperfeiçoamento das máquinas arrecadadoras nos três níveis de governo: Federal, estaduais e municipais. Com o chamado “cruzamento de dados” muita gente está se vendo na obrigação de acertar as contas com os fiscos.
Isto, por um lado, é bom, pois impede que os maus comerciantes, aqueles que sonegam os impostos, deixem dessa prática ardilosa e cruel, que atravessa séculos no Brasil. Pouca gente sabe, mas os impostos, em sua totalidade, são pagos pelo cidadão. Toda vez que alcançamos um serviço ou, efetuamos uma operação econômico/financeira, já pagamos o tributo no ato deste procedimento. A carga excessiva de tributos no Brasil, comparável a poucos outros países, é cruel para com o cidadão de baixa renda. Aquele que se vê na obrigação de entrar na massa dos contribuintes compulsórios, tendo em vista não contar com qualquer alternativa que o livre disso. Diária, e constantemente, ele tem de ir ao supermercado, à farmácia, ao açougue, assim como, se valer dos serviços públicos (luz, água, telefone, etc.) e se comprometer com o pagamento de impostos, taxas, contribuições variadas, motivos pelos quais seu salário, na quase totalidade das vezes, não dá para esperar os 30 dias regulares. Acaba bem antes.
Os números apontam que o brasileiro é um dos povos que mais pagam tributos. E, seguramente, os que menos usufruem do que se lhes é tirado. Mas, mostram, também, que a sonegação brasileira é uma das maiores do mundo. E, isto, tem uma explicação lógica. É, matemática. Se todos pagassem, todos pagariam menos e os governos arrecadariam o mesmo volume, ou mais. Acontece que pouca gente concorda com isso.
Existe, ainda, a ponderação sobre a forma com que o dinheiro dos impostos está sendo gasto, ou, aplicado. A sociedade brasileira anda meio que desconfiada quanto à honestidade dos governantes, devido, principalmente, ao que tem recebido como informação, todos os dias. As falcatruas, os desvios de verbas, a corrupção deslavada e escancarada, além de outros procedimentos imorais, ilegais e criminosos são mostrados no rádio, no jornal e na TV. Vendo isso, o cidadão fica, de fato, desanimado, descontente e inseguro. Mas, muitos (a maioria) não têm o que fazer. Imposto no Brasil, para pobre, é pagar, ou pagar. Para rico, nem sempre.
E, para conhecimento do cidadão que paga tributos todos os dias, basta lembrar que do mais de R$ 1 trilhão, o tributo de maior arrecadação é o ICMS, com 20,66% do total, seguido da contribuição previdenciária para o INSS com 18,02%, do Imposto de Renda com 17,17% e da COFINS com 10,84%. A média de arrecadação diária totaliza R$ 4,72 bilhões, sendo que por segundo é arrecadado o valor de R$ 54.633,48. Até 27/8, cada brasileiro já havia pagado R$ 5.117,86 em tributos. E, até o final do ano, cada brasileiro terá desembolsado aproximadamente R$ 8.202,00. São números incontestáveis.
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