Mediocridade

A mãe estava no hospital com seu filho de 6 anos num grave quadro de leucemia, quando soube que seu maior sonho era ser bombeiro quando fosse adulto. Ela então procurou os bombeiros e lhes pediu, considerando a situação, que um soldado fosse visitá-lo. O assunto foi comentado entre os oficiais e um deles garantiu àquela aflita mãe: “Nós vamos fazer mais, vamos torná-lo bombeiro honorário”. Pediram o número de sua roupa, sapatos, compraram as indumentárias necessárias e num cortejo, na hora marcada, o oficial e outros colegas entraram pela janela do quarto do hospital para condecorá-lo.
Infelizmente não somos assim. Em geral fazemos o mínimo e não o máximo. No trabalho, quando muito, fazemos apenas o que nos é requerido; na vida nunca nos doamos, gostamos de ser medianos, vulgar, sem expressividade. Estudamos apenas para não sermos reprovados, fazemos apenas para não ficarmos desempregados e nos contentamos com pouco. Qual é sua medida de excelência?
Um dos graves problemas que enfrentamos em qualquer empreendimento é o de fazermos de forma displicente. Não nos damos por inteiro, não nos preparamos para os desafios e o resultado é a baixa qualificação, despreparo e pobreza na execução das tarefas. São empresas mal administradas, sistemas mal organizados e desleixo na dinâmica do trabalho.
Fico impressionado como algumas empresas ainda sobrevivem se a qualidade do serviço é tão ruim… Tenho a impressão de que a concorrência vai desmoronar este empreendimento, porque a qualidade de seu serviço é medíocre e a qualquer momento vai desaparecer do mercado competitivo.
Certo pastor afirmou que uma mulher se ofereceu para cantar um hino durante o culto semanal mais importante da igreja, dizendo que não estava bem ensaiado, mas como era para Deus não tinha importância em ser mal preparado. Ele contra argumentou dizendo que porque era para Deus, deveria ser bem feito. Parece que a sua lógica estava certa.
O medíocre é aquele que se acomodou e estagnou dentro de seus limites estreitos. Ele é preguiçoso, relaxado, negligente, mas crê que sua postura diante da vida e das outras pessoas é a ideal, pois em seu entendimento (ou na ausência dele) é dessa forma que se coloca em vantagem. “A mediocridade é excelente aos olhos das pessoas medíocres” (Joseph Joubert). A pessoa excelente, no entanto, enxerga oportunidade onde muitos estão vendo problemas. E faz com qualidade porque sua visão é de excelência. “Não há graus intermediários entre o medíocre e o pior.” (Nicolas Boileau).