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Monoculturas

de Vander Lúcio Barbosa
20 de julho de 2009
em Opinião
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Os mais antigos se lembram, perfeitamente, da quebradeira que aconteceu no Brasil nos chamados ciclos de monocultura. Na década de 40, quando da Segunda Guerra Mundial, o País inteiro se voltou para o plantio da seringueira, pois tudo, ou quase tudo, que se produzia, era vendido “lá fora” a preços extraordinários. Acabou a Guerra, acabou o alto consumo de borracha e, muita gente, muita gente mesmo, acabou na falência. Veio, depois, a febre do café, chamado “ouro negro” do Brasil. Éramos os principais produtores mundiais e vendíamos o quanto queríamos, por quanto quiséssemos.
As grandes fazendas de café, que inclusive inspiraram livros, filmes e novelas de televisão, também tiveram seu fim, por sinal muito trágico.
E, assim, o Brasil vai vivendo. Tivemos as épocas áureas do algodão “ouro branco”, do arroz, da laranja, do milho e, ultimamente, da soja. E vem aí a proposta do etanol, com a idéia de que todos os olhos da produção agrícola se voltem para o plantio da cana de açúcar. Vão misturar álcool na gasolina e vender para o mundo todo. Vai chover dinheiro no Brasil. Pelo menos é o que prevêem os defensores de tal idéia. Podem até estar certos. Hoje, os empresários, principalmente os grandes, trabalham em cima de estatísticas, de pesquisas no mercado, e uma série de outras propostas. E, tomara que dê certo mesmo. De repente, o biocombustível vai ser, literalmente, a “a salvação da lavoura”.
Todavia, a história e, principalmente, a prudência, sinalizam para que as autoridades nacionais olhem, com muito carinho, para os eventuais riscos de mais essa proposta econômica. A febre da cana está fazendo desaparecer o que restou de reservas naturais, já desgastadas e, quase que, totalmente destruídas pelas outras culturas, mais a formação das pastagens para a criação de gado. No Sul, os pampas desapareceram. Não existe mais a vegetação natural dos pinheirais no Paraná. No Centro Leste, as matas mineiras e, principalmente as paulistas e fluminenses, não existem mais. Antes disso, a mata Atlântica já havia sido quase que totalmente aniquilada no Nordeste. Invadiram o Centro Oeste e, praticamente, acabaram com o Cerrado, um dos mais importantes biomas da terra. Agora, avançam rumo à Amazônia, num ritmo frenético de devastação.
Estamos perto do esgotamento total das reservas. E, agora, vêm por aí os canaviais. Dizem que em Goiás está prevista a implantação de 20 novas usinas de álcool, que vão ocupar uma extraordinária faixa de terreno, onde hoje estão as lavouras de subsistência, as reservas nativas, as plantações de milho, feijão, trigo, arroz e uma série de outros alimentos. Vai desaparecer tudo e virar canavial. É que, na Amazônia, existem regulamentos que impedem a formação de canaviais por lá. Assim sendo, o centro Oeste é a melhor alternativa. O Governo, então, deve pensar no que fazer com as levas e levas de pequenos agricultores que, não tendo ocupação e, o que plantar e vender, certamente virão para as cidades, para os centros urbanos, engrossarem a estatística dos sem teto, sem emprego, sem profissão e sem perspectiva. Por certo, entende-se que esse problema está sendo analisado pelas autoridades nacionais. Se não estiver, é hora de tomar as providências. Monocultura é um risco grande demais para qualquer país. Inclusive para o gigante Brasil.

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