Quem está cuidando das nossas crianças? Esta é a pergunta que ecoa pelo país afora sem encontrar resposta. Seriam os professores, que também são reféns da violência que chegou às escolas? Seriam os religiosos, muitos deles envolvidos em casos de taras sexuais? Seriam as babás, que invariavelmente são filmadas espancando e torturando indefesas criaturas? Seria o motorista que as leva, em bandos às vezes, irresponsavelmente pelas ruas das cidades? Ou seriam nós, os pais, que na indiferença causada pela correria em busca de fama, do dinheiro e do sucesso, temos nos esquecido da principal tarefa que Deus nos confiou?
Quem estaria cuidando das nossas crianças? Pouquíssimos têm a resposta para esta pergunta. O que estaria acontecendo com a sociedade, que não enxerga nas crianças o futuro da humanidade e as vê como números, como objetos? É tempo de reflexão. É preciso cuidar melhor das crianças. Dar amor, carinho, compreensão, diálogo. Tarefa de pais e não de psicólogos, de professoras, de terapeutas. Esses profissionais deveriam ser o complemento e não as principais peças na educação e formação da personalidade dos pequenos.
O alerta serve para que, depois, em um futuro próximo, não bata o arrependimento. Os números estão escancarados. E números não mentem. As crianças estão indo mais cedo para o crime, estão aprendendo a fumar, a se drogar mais cedo. As meninas estão se engravidando, cada vez, mais precocemente. Procedimentos, de acordo com as estatísticas, que têm origem em grande parte no ambiente escolar. Seria prudente tomar cuidado. Ver com quem nossos filhos estão andando, o que eles estão aprendendo na escola, o que estão vendo na Internet.
Muitos de nós, pais, não sabemos direito o nome da professora de nossos filhos. Não conhecem seus colegas, seus amigos, onde moram, filhos de quem são. O que fazem. Não se trata de terrorismo. É um alerta, uma advertência. Todo dia o jornal, a televisão, as emissoras de rádio noticiam casos de violência contra crianças. Na maioria das vezes, infelizmente, nós, os pais, somos os últimos a saber. Por pura omissão.
Passado, presente, futuro!
O ano que chega, como reza a tradição, é um convite à reflexão acerca daquilo que passamos no ano anterior...