Não tem como… Chega o fim do ano e somos, quase todos, compulsivamente tentados a sair às compras. Mesmo que o dinheiro não esteja disponível. É Natal, é Ano Novo, é tempo de festa e, dificilmente alguém ignora isto. Esta é a nossa cultura.
É aí que mora o perigo. Muitos de nós gastamos além do que podemos. A consequência é que comprometemos do orçamento. E, esse descontrole é maior entre os integrantes das classes C, D e E. Pelo menos, é o que aponta uma recente pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas. Nela, tem-se como certo que 19% dos consumidores brasileiros gastam mais do que podem com as compras de Natal. E, mais: o valor maior fica entre as mulheres, quando salta a 23%.
O levantamento indica que cinco por cento de nós, brasileiros, pretendemos deixar de pagar alguma conta para fazer as compras de fim de ano. Outros cinco por cento deixarão para depois algumas despesas em troca das comemorações de Natal e novos 5% para participar das festas de Ano Novo.
Todavia, é bom lembrar que resistir aos excessos de consumo é essencial, diante e do risco da inadimplência, sobretudo com as despesas do cartão de crédito. Mesmo sendo uma data tradicional, precisamos ter cautela. Sem contar que, outros dados mostram que 28% dos consumidores que vão comprar ou já compraram presentes neste ano, estarão com contas em atraso, valor que era de 34% em 2017.
Num país de 13 milhões de desempregados o ideal é não extrapolar os gastos e adotar um comportamento que esteja de acordo com realidade financeira. É bom que façamos um planejamento prévio, e elaboremos uma lista com todas as pessoas a serem presenteadas, o valor a ser gasto com cada presente e dos preparativos para as comemorações. É uma boa estratégia para se evitarem compras por impulso.
É claro que as compras de Natal ajudam a movimentar a economia e, em parceria com a Black Friday, que ocorreu em 23 de novembro deste ano, devem acelerar as vendas no varejo no último trimestre e auxiliar na criação de vagas (temporárias ou não) no Brasil. Faz parte da cadeia produtiva, giro de capital e movimentação da economia. Mas, existem sacrifícios que podem ser evitados, ou, no mínimo, contemporizados para que o desespero e a angústia não batam às nossas portas. Afinal de contas, Natal e Ano Novo não são, apenas, presentes materiais.
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