Na semana passada, mais uma descoberta científica fez o mundo ficar assombrado: Pesquisadores conseguiram criar em laboratório, a primeira célula bacteriana viva. Isso nos faz lembrar de outras notícias que trouxeram alvoroço à humanidade: A recriação recente do Big Bang, que parece ter sido mais um evento midiático que qualquer outra coisa, a fecundação “in vitro”, a clonagem, as células-tronco e a primeira vez que o homem pisou na lua. Sempre as promessas são maiores que a pesquisa em si pode trazer, mas representam significativos passos do homem em direção à conquista e o domínio de novas áreas. Estaria o homem prescindindo de Deus? Será que Deus vai se tornando assim cada vez mais “dispensável?”
Naturalmente tais pesquisas sempre são capazes de despertar na raça humana utopias e fantasias. Com elas teríamos condições de manipular células cancerígenas ou deformações congênitas e hereditárias? Seria possível isolar células doentias e garantir que o homem viva, com qualidade, um número maior de anos do que vive atualmente com o controle de enfermidades e síndromes?
Obviamente todas as conquistas devem ser celebradas, mas com elas corremos o perigo de que a arrogância nos leve a pensar que Deus está perdendo seu lugar, como se ciência e divindade estivessem em rota de colisão. Assim nos esquecemos que toda verdade é verdade de Deus. Não há oposição entre a ciência e o elemento sacral, antes, harmonia. Einstein afirmava que como cientista ele se via “pensando os pensamentos de Deus”. Toda verdadeira ciência nos identifica com Deus e toda falsa ciência (ou religião) nos afasta de Deus.
Historicamente, tanto a Igreja Católica, quanto os protestantes históricos, muito contribuíram para aperfeiçoamento da ciência, criando universidades, fornecendo base para o direito moderno, sendo vanguarda nos direitos humanos e promovendo a criação de conceitos básicos da economia moderna. Sabemos também que processos de obscurantismos sempre estiveram ligados a setores conservadores e retrógados destas e de outras religiões.
É bom lembrar também, que o grande passo que a ciência deu na semana passada, foi o de recriar formas de reprodução da vida, combinando substâncias pré-existentes para reproduzir novas formas de vida, isto é, ele não tira a vida do vazio. O homem não está criando vida nova, mas compreendendo melhor as formas como a vida pode surgir.
Uma ilustração retrata bem o quadro atual. Este relato, naturalmente é fictício. Um grupo de cientistas resolveu dispensar Deus de sua função criadora. “Não precisamos mais de ti, somos capazes de criar a vida!”, disseram. Deus então lhes pediu: “Mostre-me como!”. E quando os homens se abaixaram para apanhar a terra, Deus lhes disse: “Hum, humm… Não usem a terra, nem a água, nem o vento, nem o fogo… Estes elementos fui eu quem criou!”.
A “proibição” da liberdade de expressão
Nos últimos dias circulou nos veículos de comunicação de todo o país a fala do desembargador goiano Adriano Linhares sobre...