Já está passando da hora de se realizar um estudo mais aprofundado e sério para a implantação de um sistema racional de escoamento do trânsito urbano em Anápolis. A cada dia que passa, cerca de 30 novos veículos entram para a circulação nas ruas da cidade, que, por sua concepção original, não tendo seu traçado planejado, dificulta, ainda mais, o fluxo do volume de tráfego nos mais variados portes. Assim sendo, a cada mês, em média, são de 500 a 600 novos automotores ocupando os mesmos espaços, disputando as mesmas vagas de estacionamento e causando um crescente e desordenado trânsito, especialmente nas avenidas consideradas escoadouros naturais do grande volume de veículos. Em determinados horários o trânsito de Anápolis é impraticável.
Logicamente que não é nenhuma tragédia. Mas, caminha para ser…. Caso as autoridades não se debrucem sobre o assunto, em pouco tempo os anapolinos sentirão na pele, realmente, o que é viver o “inferno nas ruas”. Ainda dá tempo. Os dirigentes municipais devem, imediatamente, buscar normas essenciais para, por exemplo, definirem áreas e horários para as operações de cargas e descargas, obviamente, disciplinando o tráfego dos pesados caminhões pelas apertadas ruas do centro da cidade.
Em Anápolis, por incrível que pareça, ainda se permite o tráfego de veículos de tração animal pela região central. As calçadas, em muitos pontos, viraram estacionamentos ou áreas de exposição para mercadorias das lojas, expulsando pedestres paras as pistas de rolamento E, em ruas estreitas, no centro da cidade, é permitido estacionar-se nas duas margens, comprimindo, ainda mais, o sistema. Isso tem que mudar, e urgente. Essas modificações precisam ser feitas, com certeza, ouvindo-se usuários, comerciantes, a comunidade em geral. Áreas públicas ociosas, na região central, bem que poderiam ser transformadas em estacionamentos. Há gargalos complicadíssimos, como as avenidas Mato Grosso, Santos Dumont e Pedro Ludovico, que não oferecem alternativas de desafogo do movimento nos chamados horários “de pico”, causando incontáveis problemas. A criação de corredores para o transporte coletivo e a disciplina nos estacionamentos controlados, seriam, de início, as prioridades para se trabalhar.
Provado está, que, a simplista prática de colocação de placas, semáforos, barreiras eletrônicas e agentes fiscalizadores não resolve. Em determinados casos, fica pior. Sonhar com grandes viadutos nos cruzamentos das avenidas Brasil e Goiás, Universitária e Presidente Kennedy, por exemplo, é sabido que se está longe, muito longe de uma realidade. O que deve acontecer, com urgência, é um estudo científico, técnico e prático, com resultados racionais, para que a situação melhore. O que não dá para esperar é o encontro de uma solução que seja do agrado de todos. Inclusive dos pedestres que estão, a cada dia que passa, mais discriminados no trânsito das médias cidades como Anápolis.
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