Com toda a certeza, os governos (da União, dos estados e dos municípios) já receberam o recado das ruas, através do grito engasgado, que estava na garganta do povo. Agora, é agir. Afinal de contas, a população brasileira, de tanto passar por dificuldades; de tanto ser espezinhada, de tanto ser explorada, chegou ao limite, saiu às ruas e disse, claramente, o que espera dos mandatários desta Nação. Exageros à parte, o brasileiro até que se comportou bem. Basta olhar o que acontece em outros países, com outros povos, quando das manifestações de ruas. Em muitos deles, quando a coisa desanda, os resultados são catastróficos. Felizmente, no Brasil, até agora, pode-se dizer que tudo está sob controle.
Acontece, entretanto, que a “luz amarela” ainda está acesa. Ela pode mudar para o verde, mas pode mudar, também, para o vermelho. Tomara que seja na primeira alternativa. Mas, é bom que os governantes não baixem a guarda e pensem que “o pior já passou”. Não passou! Ainda não se têm os resultados práticos de tudo o que foi prometido. Aliás, em muitos casos, prometeu-se o que não é possível fazer e, agora, bateu o desespero.
Os governos, ao que consta, ainda estão quebrando a cabeça para ver como será adotado o passe livre para os estudantes. As leis estão prontas. Falta regulamentá-las. E, tem que ser logo. Daqui a algumas semanas a garotada, os adolescentes e os jovens voltam às aulas e vão querer saber do tal passe livre.
Da mesma forma, milhões de brasileiros estão esperando pelas melhorias na saúde pública. Falou-se na emigração de médicos, na liberação de mais recursos, na tomada de muitas providências. De fato, no papel a coisa é muito boa. O que o povo espera, entretanto, é pelo começo da aplicação dessas novidades anunciadas. O pai de família quer saber quando é que irá ao posto de atendimento e, lá, encontrar o médico de plantão, o material para um socorro de urgência, o medicamento que deveria ser distribuído gratuitamente e outros benefícios a que o povo tem direito, mas não tem acesso.
Empresários, donas de casa, gente comum do povo e a sociedade em geral, esperam, ansiosamente, a presença da polícia nas ruas, garantindo a vida e o patrimônio das pessoas. Afinal de contas, a criminalidade avança no Brasil de forma assombrosa, coisa de causar inveja aos países em conflito étnico ou político. Os jornais brasileiros se alarmam com a morte de cinco, seis pessoas nas guerras pelo Oriente Médio, por exemplo. Esquecem-se de que, no Brasil, morrem centenas, todos os dias, nas disputas entre os traficantes, nos assaltos, nas brigas de rua. Quando isto vai acabar é que ninguém sabe.
Finalmente, os governos têm de se apressar no cumprimento do que foi prometido. Dentro da velha filosofia de que “ninguém é obrigado a prometer, mas quem promete, tem a obrigação de cumprir”. Certamente, não vai ser preciso que o povo volte às ruas, que os anarquistas queimem carros de reportagem, ônibus do transporte coletivo nem lojas, para chamar a atenção das autoridades. O recado já foi dado e durou um mês inteiro. Resta, agora, o poder constituído fazer a sua parte, o que, aliás, é sua obrigação:: Zelar pelo povo que o elegeu e que paga o seu salário.
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