Cidade desprovida de recursos naturais para desenvolver uma boa política de turismo (a terceira maior força econômica do mundo atual), Anápolis ressente de equipamentos urbanos que possam compensar esse vácuo empresarial. Uma saída, indiscutivelmente, seria desenvolver um inteligente calendário de eventos, tomando por base as características do Município, hoje um pólo empresarial com milhares de estabelecimentos comerciais e industriais. A realização de feiras e exposições, por exemplo, proposta que já funcionou muito bem – quem não se lembra da FAIANA? – durante décadas e que atraía para a Cidade um enorme contingente de visitantes de regiões próximas, seria, de fato, uma boa opção. Mas, acabaram com a Feira da Indústria e Comércio da Cidade e não colocaram nada em seu lugar.
Da mesma forma, seria importante que a Exposição Agropecuária recebesse maior estímulo estrutural, com espaços mais delineados e fomento para a atração de visitantes de municípios próximos. Hoje, com espaço limitado, a Festa da Pecuária não tem como crescer em estrutura e/ou importância econômica. E, para não ficar, somente, nesses dois exemplos, citam-se, aqui, as dificuldades encontradas para a realização de grandes shows musicais, a exemplo do que ocorrem em outras cidades, algumas, até, menores que Anápolis.
E, o que dizer da Artesana, feira que reúne, aos domingos, centenas de expositores, incluindo artesãos; artistas plásticos, pequenas fábricas de roupas, calçados, etc.? Antes ela era promovida no estacionamento do Ginásio “Newton de Faria”. Depois, passou para a Praça “Deputado Abílio Wolney – Praça do Ancião”. Hoje, é uma exposição a céu aberto, no meio da rua, sem estrutura funcional, sem a logística de higiene, sem acesso razoável para portadores de necessidades especiais, além de outras dificuldades.
Assim sendo, a Cidade perde e perde muito, deixando fluir para outras regiões, grandes somas em dinheiro vivo circulante, pela falta de locais adequados para grandes eventos. Acrescenta-se a isso, os incontornáveis problemas enfrentados por quem deseja promover outros tipos de projetos que ensejem aglomerações maiores. A Cidade, hoje, não tem um local adequado para realizar uma feira de móveis, de vestuário, de modas. Tudo é feito na base do improviso, debaixo de marquises, em estacionamentos de shoppings. Até quando isso vai durar, ninguém sabe.
Por que isso acontece com Anápolis? A resposta é simples. Falta, aqui, um centro de convenções, um espaço público para eventos de grande porte. Por ele, certamente, Anápolis ganharia muito em mídia, em receitas. As feiras; os seminários, os congressos e similares, atraem para as cidades onde eles acontecem, milhares e milhares de turistas, gente que vem comprar; visitar; gastar nas lojas; hospedar-se nos hotéis, enfim, injetar dinheiro limpo e vivo na economia. Anápolis, infelizmente, ainda não se despertou para isso.
Promessas de se construir um centro de convenções em Anápolis já foram feitas aos montes. Já houve, até, quem estabelecesse a data para que isto viesse a ocorrer. Todavia, passam-se as semanas, os meses, os anos e a Cidade não recebe tal investimento. E, lembrar que, pelo que Anápolis gera em tributos, e o que poderia gerar caso tivesse um local adequado para esses eventos, seria altamente compensatório e não provocaria desgaste algum nos cofres públicos. Basta fazer as contas.
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