A formação de parques e resevas ambientais é uma da mais acertadas políticas públicas da atualidade. Governos que assim procedem, estão dando grandes e decisivos passos para a preservação da natureza e colaborando para o oferecimento de uma melhor qualidade de vida às comunidades. Não se concebe mais, cidades, seja de que porte forem, sem arborização, sem parques e sem jardins. É uma proposta global, de alcance incalculável, tendo em vista a necessidade, cada vez mais premente, de se cuidar da natureza. Se os governos que se seguiram no Rio de Janeiro e, em São Paulo, por exemplo, criando reservas como o Jardim Botânico; a Quinta da Boa Vista e os parque da Aclimação e Ibirapuera, só para ficar nesses quatro, com certeza, as populações das duas maiores cidades brasileiras teriam uma expectativa de convivência urbana bem melhor do que a atual.
O mesmo se aplica, por exemplo, a Brasília, Capital da República. Caso as administrações das últimas décadas seguissem o exemplo do que foi feito quando da criação do Parque Nacional; Parque da Água Mineral ou Parque da Cidade, não haveria ali, o clima mais seco de todo o Centro Oeste, com a umidade relativa no ar caindo a níveis de deserto, em determinadas épocas do ano. Também, se em Goiânia houvesse uma proposta sequencial ao que foi instituído quando da criação dos belos parques e bosques, dentre eles o do Lago das Rosas; Bosque dos Buritis; Parque Mutirama, Parque Vaca Brava e outros, a Capital de Goiás seria, ainda, mais charmosa, ela que é conhecida como a “cidade dos belos jardins”.
E em Anápolis? Certamente que perdeu-se muito tempo, e muito espaço, com a despreocupação relativa isto. Tirando-se o procedimento visionário do médico James Fanstone, nas décadas de 50 e 60, que lutou para manter o que é, hoje, o Central Parque “Onofre Quinan” e o desprendimento de Henrique Santillo, quando prefeito (1972), criando o Parque da Matinha, pouca coisa, ou quase nada, se fez para a preservação das restantes reservas nativas de Anápolis. Muito do que havia de vegetação original, foi engolido pela sanha do mercado imobiliário, que derrubou milhares, talvez milhões, de árvores para a formação de bairros e vilas.
Mas, de alguns anos para cá, uma luz foi acesa no fim do túnel, quanto à necessidade de se preservar o pouco verde que ainda existe na região. Assim, nasceram parques importantes, como o JK, o Ipiranga e o José Crispim. Agora, estão em formação o Parque da Liberdade, na Vila União e o e Ambiental, às margens da Ferrovia Norte Sul. É uma proposta alvissareira da atual administração que, no futuro, vai ser reconhecida por esta coerente e oportuna iniciativa. E, é bom lembrar que Anápolis tem, ainda, outras reservas que devem ser levadas em consideração e transformadas em parques, antes que sofram a ação predadora das motosserras. As matas do Parque dos Pirineus; Jardim Bom Clima; Residencial Pedro Ludovico e outros setores do Município, devem ser declaradas de utilidade pública, antes que se tornem loteamentos. E, ao lado disso, que surjam novas praças, bem arborizadas, bem ajardinadas. Se possível, com a ampliação do projeto de recuperação dos mananciais, como o do Ribeirão Antas, obra que está sendo anunciada para breve.
A “proibição” da liberdade de expressão
Nos últimos dias circulou nos veículos de comunicação de todo o país a fala do desembargador goiano Adriano Linhares sobre...