Dentro de 30 anos, as reservas de água doce do Planeta Terra estarão reduzidas em 20 por cento. Em alguns países da África ela já não existe e, pasmem, estão importando o produto para que as pessoas não morram de sede. Esta é uma dura realidade que muita gente insiste em não acreditar e não faz nada para ajudar. São pessoas que, como nós brasileiros, se acostumaram a desperdiçar, com a doce ilusão de que a água nunca se acabará. Mas, vai acabar. Isto, se não forem tomadas providências imediatas no sentido de se racionalizar o uso e torná-la, como deveria ser de há muito, um bem essencial. A água consumida em Fortaleza, no Ceará, por exemplo, já é buscada em outros municípios. De igual forma, as grandes metrópoles, como São Paulo que, por sinal, já importa água de Piracicaba, Jundiaí e outras cidades, não param de crescer, também tem sido insuficiente. Na região metropolitana de Porto Alegre, também, já falta água
Mesmo assim, nós, que a temos em abundância e os exibicionistas, que têm dinheiro para pagar a conta todo mês, não nos importamos e não atentamos que essa nossa falta de consciência vai ser trágica daqui a alguns anos. Em Anápolis, muito embora a Prefeitura e a Saneago venham afirmando que vai haver a universalização da água e que, em um ano, todos os domicílios terão o fornecimento regularizado, não é, absolutamente, a verdade que se quer ouvir. Nos dias atuais, ainda está faltando água em muitas regiões da Cidade. Outra coisa: a água vai ficar, cada vez mais cara, exatamente porque vai ser mais difícil canalizá-la e trazê-la de regiões mais longínquas.
Irão dizer: “Mas tem muita água por aí. Tem o reservatório do ‘João Leite‘, tem o reservatório de Corumbá IV, tem o rio tal, tem o lago tal. Essa água nunca vai acabar”. E para quem pensa assim, vai um lembrete: acaba sim. Se prevalecer o desperdício que se observa atualmente, além da devastação e da destruição do meio ambiente, acabando com os córregos, os riachos, as nascentes, logo, logo termos um clima desertificado.
Os mais antigos sabem muito bem do que se trata nesse pequeno texto. Há 30, 40 anos, Anápolis era um município cortado por centenas de pequenos cursos d‘água. Hoje eles estão reduzidos pela metade, ou menos. Em seus leitos foram construídos prédios; ruas, avenidas e fábricas. Enfim, eles desapareceram. E, convém salientar que os grandes rios só são grandes porque recebem a água de seus pequenos afluentes. No dia em que essas fontes secarem, secarão, também, os mais caudalosos cursos de água.
Assim sendo, essa história de ficar duas horas lavando o carro com a torneira aberta; de se “varrer” quintais, calçadas e, até, ruas, com água esguichando de mangueira; de se encher piscinas com água tratada, de se usar, desmedidamente a água que chega nos lares, nas fábricas, nas repartições públicas, nas praças, etc. precisa ter um fim. Eu, as futuras gerações vão sofrer, e muito, com a escassez de água. A África, até o Século 19, era o continente com o maior volume de água doce na face da Terra. Hoje, de forma lamentável, milhões de africanos morrem de sede todos os anos. Na Europa, na Ásia e nas Américas, se não forem tomados os devidos cuidados, este fato se repetirão. A natureza não perdoa. Ela revida a cada agressão que sofre. É bom pensar nisso.
A “proibição” da liberdade de expressão
Nos últimos dias circulou nos veículos de comunicação de todo o país a fala do desembargador goiano Adriano Linhares sobre...