Estava tudo certo, fizeram de conta que os milhões de manifestantes no 13 de março não tinham importância – ´elite branca, rica e golpista´, disseram … aí bolaram um plano de novela para protegerem uns e outros: trazer para o governo aquele que nunca saiu dele, era perfeito, porque não pensaram nisso antes ?
Contavam com a acomodação natural do povo – ´eles esquecem´ – mas não calcularam direito o grau de indignação crescente e liberado após muitos anos e mais, não suspeitaram dos grampos – ah, os grampos – e nesse ponto entra o nome ´ramonas´ do título, no meu tempo era assim que se chamavam os prendedores de cabelo, era pela marca que se entendia: – Seu Nelson, tem ramona ? quanto é a caixinha ?
E seja grampo de cabelo ou de palavras, o certo é que a coisa pegou – mais que intenções, boas ou más, as revelações dos diálogos denotam o rude linguajar, ofensas, falta de educação, menosprezo, desprezo, arrogância.
Talvez isso tenha inflamado tanto o gigante recém acordado que a nação rugiu, milhares foram às ruas novamente. De um momento para o outro, praças, campos, vias, palácios, foram tomados pelos pés e mentes daquele que não se resignam mais.
São momentos históricos estes vividos atualmente, os anos de 2015 e 2016 já tem presença garantida nas grades curriculares do futuro, caso queira se entender a nação.
Como sempre, existem as justificativas, as explicações, algumas possuem até certo sentido, outras são meros artifícios de oratória, serão testadas em seu devido tempo e separadas conforme suas validades, há instâncias próprias para isso.
Entretanto, o que não passa despercebido é que o clímax dessa situação está próximo, os personagens estão presentes, as ações estão desenroladas, há mocinhos e vilões disponíveis para todos os gostos, aproxima-se o final – será apoteótico ou medíocre ? Só o tempo dirá.
Única certeza é que não se pode voltar atrás – para o bem ou para o mal, é pra frente que se anda e se está andando muito nos últimos dias, espera-se que haja um desfecho, mas talvez existam mais ligações perdidas nos arquivos, aguardando sua deixa para se revelar, seu momento de alisar cabelos, moldar penteados ou apenas servirem de mini-tiaras nesta batalha quase surreal que temos visto.
O Brasil nunca mais será o mesmo, que seja melhor então, é o desejo de todos !
A “proibição” da liberdade de expressão
Nos últimos dias circulou nos veículos de comunicação de todo o país a fala do desembargador goiano Adriano Linhares sobre...