Há, indiscutivelmente, uma luz no fim do túnel para a política de saúde pública em Anápolis. Não, necessariamente, em função de já haverem sido trocados dois dos secretários da Pasta no do atual governo. É porque existe uma cadeia de eventos e atos que aponta, positivamente, para um novo horizonte. É claro que a situação de Anápolis não chega a ser muito diferente do que ocorre em outros municípios brasileiros, fruto, talvez, de uma política equivocada, onde os recursos ficam, em sua quase totalidade, nas mãos do Governo Central. Mas, é norma constitucional, aprovada pelo Congresso no ano de 88, quando tivemos a oportunidade de reformar a nossa Carta Magna. E, diga-se de passagem, pouca coisa mudou em relação à saúde pública. Houve, até, mudanças para pior, na avaliação dos técnicos e especialistas no assunto.
Mas, justiça seja feita, Anápolis tem experimentado, ao longo dos últimos seis anos, uma evolução sistemática no encaminhamento de soluções para o angustiante problema das famílias carentes que dependem do Sistema Único de Saúde. Dificuldades para agendar consultas; dificuldades para se conseguir vagas nos laboratórios de análises; dificuldades para internações; dificuldades no acesso aos medicamentos; no agendamento de cirurgias, dificuldades, dificuldades. É assim que vive o brasileiro É assim que vive o anapolino. Exceção, é claro, para quem pode pagar plano de saúde e se tratar em clínicas particulares. O povão, este, coitado! Passa mais tempo nas filas do que em outro lugar.
Muita coisa, todavia, melhorou em Anápolis. Foi instituído o SAMU, foi instalado o Hospital de Urgências, foram aumentados os pontos do Programa Saúde da Família, a Prefeitura acaba de adquirir equipamentos de primeira linha, a Cidade está ganhando uma Unidade de Pronto Atendimento, existe uma boa rede de assistência gratuita para serviços odontológicos e uma série de outros melhoramentos incomuns à grande maioria dos municípios brasileiros.
É preciso se fazer mais? Claro que sim! Afinal de contas, vivemos em um processo evolutivo, onde a qualidade de vida tende a ser, cada vez, melhor. Anápolis não pode ficar à margem disso. E, muito mais agora, quando existe uma nova proposta, uma nova ideia de atendimento na rede pública de saúde. Alguns postos dependem de ajustes, o Hospital Municipal, ainda, tem dificuldades funcionais, os CAIS (centro de atendimento integral à saúde) carecem de melhor estruturação, faltam medicamentos nos postos, falta motivação em outros e, principalmente, falta uma mudança de atitude, de comportamento. Apenas aumentar o volume de verbas e recursos, certamente, não vai adiantar. Isto está mais do que provado. O que todos nós anapolinos queremos, e acreditamos que vai acontecer, é que, a partir de agora, com uma nova mentalidade aplicada, saiamos todos da vala comum do mau atendimento e que possamos ser referência, também, nesse setor. Afinal de contas, Anápolis merece isto, na condição de cidade politicamente evoluída geradora de grande parte dos bolos tributários municipal, estadual e federal. É isto.
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