O fantasma da falta de água potável nas grandes cidades brasileiras, faz acender o sinal de alerta para que se institua, o quanto antes, um plano diretor de águas em comunidades que se acham em ritmo acelerado de crescimento, como Anápolis. Está na hora de as autoridades constituídas, as lideranças comunitárias e os formadores de opinião se tocarem para que se exija dos governos mais investimentos no setor de saneamento. Junto disso deveria vir, também, uma campanha educativa para se evitar o desperdício do precioso líquido. Anápolis é mostrada lá fora como uma comunidade onde existem boas estradas; bom clima, geoeconomia bem definida e com serviços públicos de boa qualidade. Mas, o mesmo não se pode dizer sobre a oferta de água.
É condição essencial para qualquer projeto de desenvolvimento urbano sustentável, a oferta de água em quantidade suficiente e em qualidade aceitável.
Não se discute que a região de Anápolis é generosa em oferta de água doce. Existem diversos veios caudalosos; muitos córregos; ribeirões, riachos e assemelhados que poderiam, com certeza, garantir o fornecimento de água para a Cidade por décadas a fio. Mas, uma coisa é existir a água bruta, in natura. Outra coisa e fazê-la chegar às torneiras das residências e estabelecimentos comerciais e industriais, purificada, tratada, pronta para o consumo humano. E, isto, está provado, não se faz da noite para o dia. Não é assim que funciona. Projetos de saneamento demandam tempo, anos, até. A água está disponível, mas não vai para a estação de tratamento se não tiver um bom sistema de propulsão. E não será tratada se não existir um sistema complexo de purificação, com equipamentos de grande porte, caros e que, em muitos casos, são de difícil acesso.
Assim sendo, não seria exagero começar a se pensar no assunto por agora. Aliás, ele é recorrente, pois, mesmo com o anúncio de que grandes verbas estão sendo aplicadas na política de saneamento em Anápolis (e é verdade), os moradores de várias regiões ainda estão impedidos do acesso à água tratada. Há locais onde foram instaladas as redes distribuidoras, mas a água não chega regulamente. Ou falta reservatório, ou as redes apresentam defeitos. Em outros locais é pior ainda: não existem as redes, muito embora se fale que isto seja questão de tempo e que, em breve, a cobertura será total. Só que, não é bem assim. A Cidade não para de crescer; a população não para de aumentar, o setor produtivo, os projetos econômicos se multiplicam. E, tudo isso, depende de água potável, de preferência com boa qualidade. Esta é uma bandeira a ser empunhada por todos os que têm apreço por Anápolis, que investiram e que investem aqui. Se quiserem, é claro, ter um futuro sem a síndrome da falta de água fenômeno que ameaça cidades por todo o mundo. Jeito de resolver, tem. O que falta é visão macro, interesse político e força de vontade.
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