A falta de uma fiscalização mais eficaz está provocando a morte das nascentes dos córregos em Anápolis. Além da avassaladora corrida imobiliária, com a criação de novos loteamentos a cada dia que passa, ainda existe a ação predadora da comunidade que insiste em poluir e danificar os locais de onde brota a água que forma os veios. Exemplo claro pode ser visto na região entre a Vila Jaiara e o Jardim Progresso, onde o derrame de toda sorte de entulho, incluindo móveis usados, sobras de material para construção e outros tipos de sucata, sufoca as nascentes, impedindo que a água corra limpa e livremente.
E, lamentavelmente, não se trata de caso isolado. Em outras regiões da Cidade, igualmente, esta ação predadora tem feito desaparecer importantes alimentadores da bacia hidrográfica municipal o que, em um futuro bem próximo, poderá resultar em perdas e danos irreparáveis para a comunidade. Não seria exagero afirmar que a região de Anápolis, por conta de sua ascensão econômica e a consequente valorização urbano/imobiliária, está sendo desertificada. Não se trata de síndrome de pânico ou de terrorismo barato. É a dura realidade.
Para quem conhece Anápolis há mais tempo, é fácil recordar que há 20, 30 anos, a Cidade tinha um clima bem mais ameno, mais equilibrado. Isto, certamente, graças ao sistema ecológico que, ainda, não estava tão danificado como agora. Os córregos que cortam a região não eram tão poluídos como hoje, quando recebem esgoto industrial, esgoto sanitário e toda sorte de impurezas que, ao longo dos anos foi aumentando de volume, devido à inexistência de um controle mais rígido.
Esta morte lenta dos córregos, com toda a certeza, vai influenciar na qualidade de vida dos anapolinos daqui a mais alguns anos. Não se concebe natureza equilibrada com a falta de cuidados de parte da sociedade. Com a ausência dos córregos, certamente, a vegetação desaparece, o que vai resultar em perda de qualidade do ar, sinal de empobrecimento do ecossistema.
É claro que não se pode deter o progresso. As demandas se multiplicam, é preciso que se encontrem espaços para acomodar a população que não para de crescer. Mas, nada impediria, também, de haver uma legislação ambiental voltada para a preservação de verdade, obrigando os empresários do setor a se comprometerem com as causas da ecologia, reservando espaços para bosques, represas, a proteção das nascentes e a busca do equilíbrio, o que faz bem a todos.
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