Numa recente entrevista feita com os estudantes da Harvard University, fizeram uma pesquisa sobre religiosidade e espiritualidade e obtiveram as seguintes respostas:
Ateísmo 21%
Agnosticismo 21%
Cristianismo 35%
Islamismo 1%
Hinduísmo 3%
Budismo 2%
Judaísmo 10%
Outros 10%
Dois dados chamam a atenção nesta pesquisa:
Primeiro, a diferença fundamental entre ateísmo e agnosticismo. Poucas pessoas atentam para a discrepância entre os dois pontos de vista, mas eles são importantes: O ateu é a pessoa que não admite a ideia de um Deus, nem mesmo de um ser superior ou uma energia pessoal. Para este grupo, Deus simplesmente não existe. Ele são ´a-theos´, isto é ´não-há-Deus´. O agnóstico admite a possibilidade da existência de um ser superior, que pode ter diferentes nomes ou categorias, mas que isto não faz diferença para a realidade humana, porque tais ´deuses´ ou forças não influenciam em nada a ordem da natureza, o cosmos, ou a vida individual de cada um. O número de ateus nesta pesquisa é o mesmo dos agnósticos.
O outro dado importante é que, num país considerado cristão, o número de pessoas que se declara cristão é menor do que a soma dos ateus e agnósticos, que juntos chegam a 42%. Isto é um alerta: embora estes dados sejam específicos de uma universidade plural e que recebe estudantes do mundo inteiro, é possível entender como o cristianismo, a religião dominante, perde sistematicamente seu espaço nas universidades.
Outra estatística, é igualmente relevante: ´Quão importante é a religião para sua vida?´ e a resposta foi: Nenhuma 49%; Um pouco, 29% e muito, 22%. Isto nos aponta em outra direção: O fato das pessoas professarem uma religião não significa que tal religião seja importante para suas vidas. Na verdade, apenas 22% consideram muito importante, e, para a maioria, a religião não importa nada.
Fica então uma pergunta para nossa reflexão, e devemos ser sinceros na nossa auto-análise: ´Quão importante é a espiritualidade, religião ou fé para nossa vida?” Se descobríssemos hoje que o conceito de Deus nada mais é que uma vaga utopia, que diferença isto faria para o nosso dia a dia?
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