Mesmo contando com as maiores bacias hidrográficas do mundo (Amazônica, Platina e São Francisco) o Brasil corre o risco de sofrer uma pane geral no fornecimento de água potável em um prazo bem mais curto do que se imagina. De nada adianta ter grande rios; lagos; ribeirões, córregos e outros cursos d‘água, se esta água não chega aos centros urbanos onde vivem os 200 milhões de brasileiros.
É que, o movimento migratório brasileiro dos últimos 50 anos, trouxe a população do campo para as cidades e os governos, em sua maioria, não atentaram para a importância de se oferecerem os elementos básicos (água e energia elétrica) para as comunidades que se formaram. Assim sendo, de nada adianta, por exemplo, a poucos quilômetros de Anápolis existirem bons e caudalosos rios se, diária, e constantemente, a população está reclamando da falta de água nas torneiras.
De nada valem os discursos políticos se o principal elemento da questão, ou seja, o abastecimento normal da água, não está sendo equacionado. E, a situação tende a se agravar. Os governos, por todos os municípios, em suas pregações políticas, asseguram que vão resolver o problema. Alardeia-se por todos os cantos que o Brasil conta, além dos sistemas naturais, como rios e lagos, com o Aquífero Guarany, a maior reserva mundial de água doce no subsolo. Todavia, o que se pergunta é como fazer com que esta água chegue às casas da população? Existiria um plano, um projeto para isso? Pelo que consta, absolutamente não!
No decorrer de muitos anos, falou-se bastante, mas fez-se pouco a respeito disso. Atualmente, por exemplo, em grandes centros como São Paulo, já se fala em racionamento de água, em prêmios para quem gastar menos o produto. Esquecem-se, entretanto, que se medidas urgentes não forem tomadas no sentido de se aumentar a oferta de água, vai bater o pânico, o desespero e o caos urbano.
Os projetos mirabolantes como a transposição de águas do Rio São Francisco para o atendimento aos moradores do Sertão Nordestino, a despeito de já haverem consumido milhões e milhões de reais, até hoje, não apresentaram resultado prático nenhum. E, saber que, em muitas cidades consideradas metrópoles, caso de Fortaleza, a água já está sendo levada de localidades bem distantes, encarecendo a operação e dificultando o acesso. A região chamada “Grande Goiânia” se gaba de dizer que tem o reservatório da Barragem “João Leite” que vai garantir água por mais 20 anos. Como se 20 anos fossem uma eternidade.
Em Anápolis, também, não será diferente. A ampliação do sistema Piancó, cantada em prosa e verso, quando estiver concluída, pode ser que já esteja na hora de se ampliar novamente. O atual sistema foi projetado, em1975, para durar até o ano 2000. Já se passaram outros 13 e a ampliação ainda não foi entregue. Enquanto isso, está cada vez mais difícil o acesso à água potável na Cidade. Ou não está?
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