Há quem diga que ela está de volta. Para o desespero de grande parte da população brasileira que nem se lembrava mais dela. Falamos da inflação que, se o Governo Federal não tomar providências imediatas, o povo vai sofrer na pele o que ocorreu há 20, 30 anos. Quem viveu naquela época se lembra, muito bem, que a grande vedete na economia era a famosa maquininha de remarcar preços. Quem entrava em um supermercado ficava impressionado com o barulho que elas produziam. Havia casos em que o remarcador tomava a mercadoria das mãos do cliente para adicionar o novo preço. Não há nenhum terrorismo nisso, mas só quem passou pela (dramática) experiência de ver os preços subirem diariamente pode imaginar, e calcular, o que representa a volta da espiral inflacionária.
Por certo, o Governo Dilma Rousseff tem as ferramentas para impedir que isto ocorra novamente. Ninguém quer saber de desabastecimento, de desemprego, de crise econômica, de planos mirabolantes como os que se viveu nas décadas de 70 a 90. Nem pensar!!!
Ocorre, entretanto, que não podemos fugir da realidade. O momento é de se prevenir, de se meditar, de refazer as contas. O povo brasileiro não pretende, com certeza, viver uma época como as já mencionadas neste artigo. É difícil ver milhares e milhares de pais de famílias desempregados, empresas indo à falência, salários se atrasando, gente passando sufoco. Então, é hora de o povo agir. E reagir. Trabalhar com inteligência, economizar o máximo, comprar o só absolutamente necessário, viver modestamente. O dólar está subindo a cada dia que passa e quando ele subia antigamente, todo mundo entrava em pânico. Espera-se que, desta vez, ele não maltrate o trabalhador, não enriqueça mais, o especulador e não cause tantos estragos na economia.
O Governo Federal tem apregoado, com muita insistência, que a situação está (ainda) sob controle, que o País tem reservas monetárias e que a situação, hoje, é bem melhor do que a de antigamente. O Brasil está produzindo mais petróleo, as usinas de álcool estão surtindo melhores efeitos e existe um equilíbrio na balança comercial. Entretanto, pelo sim, pelo não, os brasileiros têm de fazer a sua parte. Inflação é como bola de neve. Começa pequena, vai crescendo, muita gente acha engraçado, acha bonito e, quando vê, perdeu-se o controle. Tomara que não seja o caso, desta vez. Seria uma pena, depois de tantos anos, ver o Brasil, de novo, mergulhado em uma crise financeira.
Aliás, de crise, já basta o que temos atualmente. Crise política; crise administrativa; crise na segurança; na infraestrutura, greves nos serviços essenciais e outros problemas graves. Se vier a crise financeira, “adeus viola”. Assim sendo, patrões, trabalhadores, autoridades, e o povo em geral, devem unir esforços, olhar, com responsabilidade, a ameaça de crise e lutar contra ela. Afinal de contas, por mais dinheiro e por mais recursos que se tenha, quando a crise chega, todo mundo sente o golpe. A história ensina assim. As chamadas grandes economias, como Estados Unidos, Japão e outros países considerados de primeiro mundo, estão sofrendo, atualmente, os efeitos de crises financeiras. E não adianta falar que é “marolinha”, que ela não chega aqui. Desejamos que não, mas como diz o velho ditado “prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”.
A “proibição” da liberdade de expressão
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