O mês de julho, Aniversário da Cidade, com a visita do Papa Francisco ao Brasil, férias escolares e muitos outros eventos importantes, traz, também, uma grande preocupação. Já se atingiu a marca de uma centena, em casos de assassinatos no Município. É um número assustador. Vale dizer que se registra uma média de 14 assassinatos por mês, o que, em se mantendo, vai determinar uma aproximação dos 170 crimes de morte contra a pessoa. Vale lembrar que em 2012 este número chegou a 156, o que já era, também, um recorde no Município. E, de acordo com os números da própria polícia, as faixas etárias e as condições sociais das pessoas envolvidas são diversificadas. Há casos de criminosos e de vítimas ainda adolescentes, muitos deles com idade abaixo dos 18 anos. Como, também, registraram-se casos de pessoas mais velhas envolvidas nos assassinatos.
As polícias têm suas justificativas e explicações. Para elas, o crime contra a pessoa não é fácil de se prevenir. “Não sabemos quando vai acontecer uma briga de bar, um desentendimento entre traficantes, um latrocínio. Muitos desses crimes são preparados com antecedência, são premeditados e não é possível à polícia saber, antecipadamente, quando, onde e como eles vão ocorrer”, disse um experiente delegado de Polícia. E, com certeza, há muita lógica nisso. Mas, nem por isso, se pode aceitar a situação, cruzarem-se os braços e entender que é coisa comum o morticínio que se instalou na região de Anápolis. A sociedade precisa reagir, exigir das autoridades mais investimentos no aparelho policial, mais agentes nas ruas, mais viaturas circulando, mais espaço nas delegacias, pagar melhor o pessoal e construir o propalado minipresídio da Cidade. É preciso haver o enfrentamento da situação, sob pena de a população ficar assistindo, a cada ano que passa, o aumento da criminalidade. Isto, para se falar somente nos casos de morte. Há, ainda, centenas de outros, em que as vítimas ficam inválidas, são mutiladas, sofrem graves consequências o que, também, não deixa de ser um grande prejuízo social.
O que é preciso fazer, então? A sociedade organizada, os clubes de serviço, as lojas maçônicas, os sindicatos e as associações em geral, podem se organizar e cobrar, dos governos, mais atenção para com Anápolis. Afinal de contas, estamos falando do segundo maior Produto Interno Bruto do Estado o terceiro maior colégio eleitoral de Goiás e uma cidade que rende muito, aos cofres municipal, estadual e federal. Basta consultar o “impostômetro”, sistema que aponta o quanto cada município brasileiro gera em tributos, para se verificar que esses governos não estariam fazendo favor algum ao povo de Anápolis se aplicassem mais verbas em saúde, educação e, principalmente, em segurança. A situação é grave.
Quem consulta as estatísticas policiais, quem tem acesso aos noticiários das emissoras de rádio, quem lê os jornais, sabe, muito bem, do que se trata. A propriedade, o domicílio e os bens materiais das pessoas estão sendo dizimados, levados inconsequentemente por grupos marginas à luz do dia. Casas são arrombadas, estabelecimentos comerciais e industriais assaltados, gente sendo interceptada na rua e perdendo seus pertences. Com certeza, isto é falta de mais estrutura para as polícias agirem e essa estrutura só se consegue com a força política, com o poder representativo. Os vereadores, os deputados, as lideranças de Anápolis precisam agir, antes que seja tarde demais.
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