Eleição é coisa séria. E, como tal, deve ser tratada. A pouco mais de quatro meses para que os brasileiros de todo os quadrantes, menos os que residem no Distrito Federal, escolham se vão manter os atuais ou se vão eleger outros mandatários, entre prefeitos e vereadores, é preciso que o povo medite no que vai fazer. Ou, no que pretende fazer. Eleger prefeito de uma cidade, não é a mesma coisa de escolher uma mercadoria na prateleira, ou, quem sabe, escolher um time para torcer. É muito mais do que isso. Quando votamos, estamos definindo o que queremos para nossa counidade, para o andamento dos nossos negócios, para a qualidade de vida que pretendemos para, pelo menos, mais quatro anos.
Da mesma forma, quando votamos em um candidato a vereador, estamos passando a ele uma espécie de procuração para nos representar no parlamento, criando leis inteligentes, fiscalizando os gastos públicos e reivindicando melhorias para a comunidade. Então, repetindo, eleição é coisa muito séria. E, por conta disso, é necessário que todos os partidos estejam conscientes de tal importância, preparem candidatos, de fato, qualificados e bem intencionados, para, se eleitos, darem o impulso socioeconômico e, cultural que todos almejamos.
Os partidos políticos têm, sobre os ombros, esta grande tarefa, esta importante responsabilidade: Selecionar, e bem, os nomes que pretendem representá-los no parlamento, ou, no Executivo. Esta é a parte que lhes cabe. Da mesma sorte, os pretensos candidatos devem ter em mente que estarão se apresentando ao eleitor como pessoas dignas; capazes, conscientes e bem intencionadas, dispostas a levarem adiante a proposta de se oferecer uma boa qualidade de vida aos seus munícipes. Não se admite, mais, a política nefasta do aproveitamento, da vantagem própria, do engodo e da corrupção. O Brasil está dando um basta a muita coisa errada que vinha se acumulando, ao longo de décadas, em seu modelo político.
Entretanto, apesar de tudo isso, a responsabilidade maior é do eleitor, daquele que vai escolher. Este, sim, tem a obrigação de não errar, de colocar a razão à frente do coração e votar em quem de fato, tem competência, tem compromisso para com a coletividade. O voto de compadre; de amigo, de vizinho, em muitos casos, mais atrapalha do que ajuda. Ele deve ser endereçado a quem, de fato, tenha um histórico honesto, correto e participativo; a quem já tem folha de serviços prestados e, até, a quem apresentar ideias coerentes, exequíveis e inteligentes. O eleitor que vota de forma equivocada, presta um desserviço a si e à comunidade à qual está integrado. E, quando assim o faz, somente terá a oportunidade de reparar o erro, ou o equívoco, depois de quatro anos. O que, convenhamos, pode ser muito tarde.
Assim sendo, de agora até o dia sete de outubro, todos nós, brasileiros, teremos tempo de sobra para escolhermos quem nos representará nas prefeituras e nas câmaras municipais. E, de seu lado, os partidos políticos ficam na obrigação de selecionarem, entre seus membros, aqueles que, de fato, estejam preparados e aptos a nos representarem nos quatro anos que se seguirão. O voto é secreto, a decisão é única e exclusiva do eleitor. E, é justamente naquele dia, naquela hora, que fica mais do que evidenciada a igualdade de direitos. Os votos são, exatamente, iguais e têm a mesma validade. Esta é a beleza da democracia.
A “proibição” da liberdade de expressão
Nos últimos dias circulou nos veículos de comunicação de todo o país a fala do desembargador goiano Adriano Linhares sobre...