O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) anunciou a suspensão de 30 instrutores de motocicleta (Categoria A) após a constatação de fraude no registro das aulas práticas.
A auditoria identificou que os profissionais manipularam o início e o término das sessões, além de realizarem as atividades em locais impróprios. Durante as aulas, alguns instrutores estavam sem uniforme e até fumavam, o que comprometeu a qualidade do ensino oferecido.
Irregularidades investigadas
A investigação revelou que os instrutores usaram fotografias previamente tiradas para simular aulas, registrando o início das sessões em residências e até em veículos de quatro rodas. As fraudes ocorreram em várias cidades goianas, incluindo Anápolis, Goiânia, Aparecida de Goiânia, Caldas Novas, Formosa, Hidrolândia, Trindade e Alexânia.
Em nota, o presidente do Detran-GO, Delegado Waldir, reforçou o compromisso da autarquia com a ética e a segurança no trânsito. “Estamos atentos para impedir práticas que comprometam a formação de condutores e coloquem a segurança viária em risco”, afirmou.
Os Centros de Formação de Condutores (CFCs) devem garantir que as aulas sejam realizadas de fato para que os alunos obtenham a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A Resolução 789/2020 do Contran determina 20 horas de prática para a categoria A e 15 horas para adição de categoria. No entanto, os instrutores investigados usaram de forma indevida o sistema de biometria digital ou facial, que deveria garantir a autenticidade das aulas.