No Dia Mundial da Saúde, celebrado nesta segunda-feira (7), a OMS divulgou dados preocupantes sobre a saúde materna e neonatal. A cada ano, cerca de 300 mil mulheres perdem a vida devido a complicações durante a gravidez ou o parto. Além disso, mais de 2 milhões de bebês morrem no primeiro mês de vida e outros 2 milhões são natimortos — ou seja, falecem após 20 semanas de gestação ou durante o parto.
“Isso representa aproximadamente uma morte evitável a cada sete segundos”, ressaltou a organização.
Nova campanha
Diante desse cenário, a OMS lançou a campanha global Começos saudáveis, futuros esperançosos, com duração prevista de um ano. A ação defende o fortalecimento do atendimento pré-natal, da assistência qualificada durante o parto e dos cuidados no pós-parto como estratégias fundamentais para reverter o quadro.
“A saúde de mães e bebês afeta cada um de nós. Ainda assim, milhões perdem suas vidas todos os anos por causas evitáveis com atendimento adequado e oportuno”, alertou a entidade.
Avanços recentes
Apesar dos desafios, a OMS reconhece progressos importantes desde o ano 2000. As mortes maternas caíram 40% no mundo, passando de 443 mil naquele ano para 260 mil em 2023. As mortes de recém-nascidos diminuíram em mais de 30% no mesmo período.
Em 2023, pela primeira vez na história, nenhum país foi classificado com taxas extremamente altas de mortalidade materna. As taxas de acesso a cuidados pré-natais cresceram 21%, enquanto a assistência qualificada durante o parto aumentou 25%.
Desafios futuros
Mesmo com os avanços, a OMS alerta que quatro em cada cinco países estão longe de atingir as metas globais para a redução da mortalidade materna até 2030. Além disso, um terço das nações provavelmente não conseguirá cumprir os objetivos relacionados à redução de óbitos de recém-nascidos.
“O modo como começamos a vida influencia tudo o que vem depois. Garantir saúde às mães e aos bebês é investir no futuro das famílias, das comunidades e da economia”, destacou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
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