No começo deste mês de outubro, uma nuvem de poeira jamais vista no Centro Oeste do Brasil, assustou a moradores de várias cidades do Sul e do Sudoeste de Goiás. Até na região de Anápolis houve uma incidência desse desarranjo climático/ambiental.
Por Vander Lúcio Barbosa
Muita gente entrou em pânico ao ver o céu totalmente vermelho e a luminosidade quase que desaparecer. Cientistas tentaram explicar o fenômeno que, entretanto, não tem sido tão raro assim nos últimos tempos. Na semana passada, Manaus, Capital do Amazonas, foi totalmente coberta por uma densa fumaça, certamente produzida por queimadas na floresta amazônica.
Há relatos desse mesmo fenômeno climático em várias partes do Brasil, e em muitos países ao redor do mundo, nos mais diversos continentes. Índia, França, Caribe, países árabes em geral, relataram, recentemente, a incidência de nuvens de poeira e fumaça que surgem do nada, provocam estragos ambientais e, principalmente, econômicos. Os danos são, em grande parte das vezes, irreversíveis.
Estudos indicam que a poluição do ar é um risco mais significativo para a saúde global do que o tabagismo ou o consumo de álcool, especialmente em regiões como a Ásia e a África. De acordo com um relatório do Instituto de Política Energética da Universidade de Chicago, a poluição por partículas finas provenientes de veículos, indústrias e incêndios é a principal ameaça à saúde pública no mundo. No entanto, os recursos alocados para combater a poluição do ar são muito menores em comparação com os dedicados a doenças infecciosas, conforme destacado no relatório.
A observação permanente do limite de exposição a partículas finas estabelecido pela Organização Mundial da Saúde aumentaria a esperança de vida global em 2,3 anos, estima o Estudo, com base em dados colhidos em 2021. Em comparação, o consumo de tabaco reduz a esperança de vida global em 2,2 anos, em média, e a desnutrição infantil e materna, em 1,6 ano.
A poluição atmosférica, seja de origem natural ou causada pelo homem, incluindo emissões industriais, queimadas, escapamentos de veículos e outros, é prejudicial à qualidade de vida. As reuniões globais para enfrentar esse problema têm sido ineficazes. É crucial uma ação mais efetiva e urgente para abordar a poluição do ar, um sério desafio que afeta a vida de todos.