O reaquecimento na indústria da Construção Civil traz novo e alvissareiro alento para a economia nacional, tendo em vista estar ela (a construção civil brasileira) em um momento de grande otimismo.
Para o IBGE, muito disso é puxado pela variação acumulada de 12 meses do volume de vendas de materiais de construção, que chegou a quase três por cento. Praticamente nenhuma outra atividade agrega mais valores do que a Construção Civil. Nas obras, independentemente do porte e do valor venal, juntam-se diferentes atores que, sob vários aspectos, energizam as relações comerciais, industriais e prestacionais de serviços. Tudo começa, inclusive, com a aquisição do terreno, a elaboração dos projetos e outras atividades sequenciais para a legalização do empreendimento que promovem a circulação de bens e valores.
Nos canteiros de obras observa-se a diversidade prestacional, onde empregam-se múltiplos serviços como os de engenheiros; arquitetos; pedreiros; operadores; eletricistas; encanadores, pintores e outros profissionais indispensáveis ao desenvolvimento dos projetos. Isto significa mais oferta de mão de obra, mais pais (e mães) de família empregados, mais movimento no comércio varejista, no transporte e em muitas outras atividades ligadas direta, ou, indiretamente à Construção Civil. É um setor que precisa de olhares mais atentos e cuidadosos por parte do poder público em geral, na retomada do crescimento econômico nacional.
O Brasil passou a se recuperar de uma baixa de demanda no setor, ligada a uma valorização do produto. Isto, porque o déficit habitacional no País, com o aumento da demanda, a diminuição da oferta e o valor que o consumidor passou a atribuir a moradia e ao mesmo tempo a taxa de juros ainda atrativa, são fatores que explicam o cenário de alta no segmento. Assim sendo, o mercado da Construção Civil aquecido acarreta, por consequência, um aquecimento no mercado de projetos, que é um dos agentes fundamentais desta indústria.
Do ponto de vista analítico, o crescimento observado em 2022 pelo setor, pode ser examinado por variáveis, como a ampliação do programa Casa Verde e Amarela do Governo Federal que diminuiu os juros efetivos de 8,6% para 7,6% ao ano, mas, também, pela redução da inflação da cadeia produtiva brasileiros nos últimos meses em conjunto com a redução do preço do aço que afeta diretamente o custo do setor.
A mão de obra, também, teve sua valorização gradativa ao longo deste ano. Em abril, o número-índice do custo médio por metro quadrado da mão de obra foi de R$ 983,53. Já ao final de setembro, esse indicativo chegou a R$ 1.056,09. Ainda que valorizada, com o acirramento do mercado, a busca pela mão de obra se torna cada vez mais competitiva. Anápolis tem sido um exemplo disso. Com a evolução visível dos projetos de construção civil, a oferta de empregos aumentou muito nas últimas semanas, um excelente boom de reaquecimento do mercado de trabalho e, consequentemente, aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do Município.