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A Falsa Liberdade – Por Samuel Vieira

de Samuel Vieira
11 de outubro de 2024
em Artigo
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Imagem: Canva

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“Não há ninguém mais irremediavelmente escravizado do que aqueles que falsamente acreditam estarem livres.” Estas palavras, escritas por Goethe há quase 200 anos, são mais relevantes hoje do que quando foram escritas. Muitos acreditam que vivem em uma sociedade livre porque acham que podem fazer o que querem, mas, na verdade, a tecnologia, as drogas, a pornografia e outras diversões estão gerando pessoas tão distraídas que elas nem notam as cadeias que as prendem.

Em 1961, Aldous Huxley alertou que, no futuro, as classes dominantes aprenderiam que a população poderia ser controlada não apenas com o uso explícito da força, mas também com o método sutil de afogar as massas em um suprimento interminável de diversões prazerosas. É estranho imaginar que o prazer possa ser usado para privar as pessoas de sua liberdade.

Leia também: Casa do Povo – Por Vander Lúcio Barbosa

Em Admirável Mundo Novo, Huxley previu o surgimento de uma oligarquia controladora que realizaria experimentos em seres humanos para condicionar a docilidade e minimizar o potencial de agitação civil. O condicionamento poderia ser usado por engenheiros sociais para o bem maior, levando ao desenvolvimento de uma utopia gerida cientificamente.

Segundo o autor, os condicionamentos em massa possibilitariam, na realidade, uma forma perniciosa de tirania, na qual as massas seriam escravizadas, mas se sentiriam livres. Huxley falava da super droga Soma. Os controladores mundiais encorajariam a doação sistemática de drogas para o benefício do Estado. O Soma seria ingerido diariamente pelos cidadãos oferecendo “férias da realidade”. Dependendo da dosagem, estimularia sensações de euforia e alucinações agradáveis, mas os controladores mundiais não dependeriam apenas do Soma.

A promiscuidade sexual seria promovida pelo Estado como outra tática para garantir que todos aproveitassem sua servidão.

O slogan “Todos Pertencem a Todos” seria incutido nos cidadãos desde a juventude e com as instituições da monogamia e da família abolidas, todos poderiam satisfazer seus impulsos sexuais sem impedimentos. O acesso constante à gratificação sexual ajudaria a garantir que os cidadãos estivessem tão distraídos que não prestariam atenção à realidade de sua situação.

O entretenimento e as distrações incessantes, sancionadas pelo Estado, também desempenhariam um papel importante na criação do campo de concentração indolor – uma política para afogar as mentes dos cidadãos em um mar de irrelevância.

O grito moderno que diz: “dá-me celular, tik-toks e reels, mas não me incomode com as responsabilidades da liberdade”, substituiu o grito “liberdade ou morte” e, por isso, a liberdade não prevalecerá. Quanto mais as pessoas trocarem sua liberdade por prazeres e conforto, as novas tecnologias avançarem e mais informações forem obtidas sobre como prever e controlar o comportamento humano, tanto mais seremos escravizados.

Se a maioria será capaz de resistir a esse tipo de manipulação ou se desejará fazê-lo é um pergunta que ainda temos de responder. Como o ex-escravo Frederick Douglass já havia dito em meados do século 19, antes de Huxley: “Quando um escravo se torna um escravo feliz, ele, efetivamente, renunciou a tudo o que o torna humano.”

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Vander Lúcio Barbosa é editor geral do jornal e portal CONTEXTO

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