Por Vander Lúcio Barbosa
A nossa capacidade de amar é medida a cada instante, todos os dias. Uns dizem que é Deus nos testando. Outros, mais céticos, preferem apostar no racional, no intelecto, na força da razão.
Existem os que não conseguem explicar como, e por que amamos. O certo é que amamos. Amamos o belo e amamos o feio, quando ele nos parece bonito. Amamos o óbvio, e amamos, também, o excepcional.
Ninguém deve questionar Deus, quando ele coloca à sua frente, sob a sua guarda e sob a sua proteção, um ser tido como ‘diferente’. Mas, as pessoas podem admirar, agradecer, louvar ao Criador, quando Ele, por um motivo ou por outro, permite que pessoas aparentemente diversas da gente cruzem os nossos caminhos.
O cuidar de vidas humanas é um privilégio, uma graça. O cuidar de pessoas com deficiência, gente que às vezes não são tão iguais aos iguais, é, antes de um desafio, mais que uma dádiva colocada para que possamos avaliar o quanto somos, também, dependentes.
A história nos ensina que no decorrer dos anos, em que pese o aumento da influência tecnológica, da corrida pelo moderno e prático, ainda existe espaço para amar, naturalmente, as pessoas, sejam elas “normais” ou não.
Mas, o que é ser normal diante da grandeza do universo e da supremacia de Deus?
Estamos vivendo o Setembro Verde, mês escolhido para reforçar a importância da acessibilidade e da inclusão social das pessoas com deficiência. Um tempo para uma reflexão sobre o tema, uma chance para se conhecer e se relacionar com estas pessoas realmente especiais na sua plenitude.
Sim, especiais, pois, é desses incomparáveis seres que extraímos os ensinamentos maiores vindos do Criador. São nessas divinas criaturas que se revelam os mistérios da vida, os mistérios de Deus.
É com estas pessoas, aparentemente frágeis, que aprendemos que a nossa vida é passageira e, às vezes, não notamos. É diante desses maravilhosos seres humanos que podemos nos doar, aprender o verdadeiro dom de amar.
Pessoas com deficiências são, mesmo, pessoas excepcionais…