No entanto, nem sempre essa influência é positiva. Casos recentes, como o de Igor Viana em Anápolis, Goiás, levantam sérias questões sobre a responsabilidade e a ética desses novos “influenciadores”.
O acusado, de 24 anos, sem profissão definida, se autodenominou “influencer” devido ao número de seguidores nas redes sociais. Recentemente, ele está sendo investigado por crimes como estelionato e apropriação indevida de doações destinadas à sua filha, S.V., que possui paralisia cerebral.
As investigações da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) revelam que Igor pode ter desviado recursos que deveriam ser usados para a saúde e bem-estar da filha de apenas dois anos. Áudios vazados mostram Igor chamando os doadores de “trouxas” e admitindo que o dinheiro das doações era utilizado para benefício pessoal.
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Este caso exemplifica como a influência pode ser mal utilizada. Ao invés de promover causas positivas e usar sua plataforma para o bem, Igor Viana explorou a compaixão de seus seguidores para ganhos pessoais. Esse comportamento reflete um problema maior nas redes sociais, onde a popularidade pode ser facilmente confundida com credibilidade e moralidade.
Parte da culpa recai sobre a mídia da internet e os seguidores que elevam essas personalidades a “influenciadores”. Por outro lado, a pseudo-imprensa promove indivíduos sem análise crítica, levando a consequências como fraude e abuso de confiança pública.
As redes sociais são palcos para se apresentar com seriedade, mas a falta de regulamentação permite abusos. Plataformas devem monitorar e regular o conteúdo. O caso de Igor Viana destaca a necessidade de critérios rigorosos para “influenciadores” e mídia responsável.
Assim sendo, seguidores e plataformas devem exigir ética na influência, garantindo seu uso para o bem comum, promovendo um ambiente digital seguro e honesto.