A garantia de uma proposta energética de boa qualidade é muito mais complexa do que se possa imaginar. Todos têm conhecimento, que nenhum projeto econômico segue adiante se não contar com a eletricidade. É quase impossível viver-se sem energia elétrica.
Mas, esta proposta tem suas consequências. A demanda cada vez maior e a oferta cada vez menor de energia, têm deixado muitas nações impossibilitadas de levarem adiante suas vertentes econômicas.
No Brasil temos demanda de mais, para oferta de menos, em que pese o potencial que o território brasileiro oferece. O Brasil é um dos poucos países com fontes diversificadas e alternativas para a produção de energia. Seja hídrica, eólica, solar, nuclear e outras.
Mas, mesmo com todo esse arcabouço, ainda sofremos com a falta de energia com boa qualidade. Exemplo claro é o vivido por Anápolis, município cuja proposta desenvolvimentista é refém de um sistema eletrificador, ainda, insuficiente para atender à demanda.
No ano passado, o Brasil registrou 42 apagões, apontando instabilidade no sistema elétrico, conforme relatórios do Ministério de Minas e Energia. De janeiro a junho deste ano, ocorreram mais 15 interrupções, totalizando 3.382 megawatts de carga.
São Paulo, em novembro, enfrentou sérios problemas no fornecimento de energia após uma tempestade, deixando 200 mil imóveis sem corrente elétrica por quatro dias. Os danos empresariais foram incalculáveis, evidenciando a vulnerabilidade da rede elétrica diante de eventos climáticos extremos.
O sinal de alerta foi aceso, por sinal, em incontáveis oportunidades. Desde a década de 90 o assunto energia elétrica tem pautado governos, mídia, setores produtivos e outros, sem, contudo, encontrar-se um denominador comum. Ultimamente aposta-se em energias alternativas, oriundas dos ventos (eólica), ou, do sol (fotovoltaica), como probabilidade de se amenizar e se equacionar, pelo menos, temporariamente, o problema. Sem contar a nuclear, que chegou a estabelecer duas usinas no Rio de Janeiro (Angra I e Angra II).
Entretanto, esses projetos, além da desconfiança de grande parte da sociedade, acostumada, há décadas, com a hidroenergia, ainda são inalcançáveis por grande parte dos brasileiros, devido aos custos e à logística de instalação. Mas, alguma coisa tem de ser feita e, agora.. Não há o que falar sobre crescimento econômico sem, antes, passar-se por uma política confiável de energia elétrica.