A catarata nada mais é do que a opacificação do cristalino, uma lente transparente que temos em nossos olhos. Quando o cristalino perde sua transparência, denominamos isto de catarata.
Os primeiros sintomas de catarata são:
– visão embaçada
– lacrimejamento
– fotofobia (aversão à luz)
O tratamento é cirúrgico. Nos relatos mais antigos consta que utilizavam-se espinhos de laranjeira para luxar a catarata, para a câmera vítrea. Veio, depois, a cirurgia intracapsular, onde a catarata era extraída por uma peça congelada, através de uma grande incisão, necessitando fazer-se em torno de 14 pontos para fechar a ferida, realizada na córnea. Esses pontos eram retirados somente após 30 dias. Nesse caso era necessário usar óculos com lentes de alto grau (em torno de 13 graus). Essas lentes causavam uma grande aberração óptica quando aumentava o tamanhos dos objetos.
Os primeiros relatos de implante de lente intra-ocular ocorreram no final da década de 70.
Em 1981, o Drº Barraqué, um dos maiores especialistas em cirurgia de catarata, durante congresso em Recife, relatou que estava explantando as lentes intra-oculares por ele colocadas.
Na Guerra do Vietnã, observou-se que pedaços de peças de aviões, que haviam penetrado nos olhos dos aviadores, não causavam nenhuma reação. Aproveitando este material (poli-metil-metracilato), desenvolveu-se uma nova lente Intra-Ocular, cujo resultado foi espetetacular. Assim, mudou-se a história da cirurgia de catarata, com o implante da lente intra-ocular.
Veio a Facoemulsificação, onde, por uma pequena incisão na córnea, um aparelho fragmenta a catarata em pequenas partículas que são absorvidas por este mesmo aparelho, não havendo mais a necessidade de aplicação de pontos.
As lentes intra-oculares têm sofrido várias transformações e, hoje, é possível implantarem-se lentes que corrigem astgmatismo, hipermetropia, miopia e presbiopia. Implantando uma lente intraocular multifocal não há mais a necessidade de se usar óculos.