O automóvel é uma verdadeira paixão nacional. E é uma paixão que une, e não aquela que desagrega. Você não encontra pessoas se digladiando, jogando cadeiras (rsrs) ou acusando seu veículo de não ter mundial. Não mesmo! O veículo traz boas lembranças, leva os interlocutores a locais diferentes, proporciona boas experiências e boas amizades, tudo na mais perfeita paz. É sempre com o pensamento de agregar conhecimento que esta coluna é escrita.
Na semana que passou, muitos leitores disseram que a história do Chevette trouxe ótimas lembranças. Resolvemos, então, aproveitando o veículo de tração traseira, falar sobre um carro muito interessante que surgiu na Inglaterra e trouxe para nosso mercado um luxo ainda não conhecido em veículos pequenos. Vamos falar do Dodge 1.800, que também se chamou Dodge Polara ou, simplesmente, “doginho”.
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Os Luxuosos Dodge
No início dos anos 1970, o brasileiro tinha disponíveis, em opções de carros médios-pequenos, alguns bons modelos para a tecnologia da época, como o Fiat 147 e toda sua família; o Corcel I e depois o II, que também possuía sua família (Belina e Pampa); o Fusca, Brasília, Variant, Passat e até alguns esportivos como SP1 e 2, TL e Karmann Ghia, que eram fabricados pela Volkswagen do Brasil.
Já no campo dos veículos mais luxuosos, a Dodge contava com seus Dodge Charger LS e Charger R/T, 2 e 4 portas, câmbios na coluna de direção e, posteriormente, no console central, e como esquecer seus belos, sonoros e inesquecíveis V8? Aproveitando esse sucesso, a Chrysler (dona da marca Dodge) resolveu apostar no mercado dos pequenos para atingir aqueles que gostavam de veículos menores. Para tanto, decidiu trazer um projeto que fazia sucesso na Inglaterra e nos Estados Unidos e que já era vendido na Argentina. Apresentado no final de 1972, no VIII Salão do Automóvel, o veículo era o Dodge 1800. Nos outros países em que era fabricado, seu nome era Hillman Avenger.
Antes de seu lançamento, foram feitas algumas atualizações a fim de satisfazer o gosto do consumidor brasileiro. As maiores alterações foram no interior, tornando-o mais luxuoso. Com interior monocromático, ar-condicionado e, no final dos anos 70, foi apresentado até mesmo com câmbio automático de 4 velocidades. Tudo isso fazia daquele pequeno Dodge o desejo de muitos. Infelizmente, não havia um número suficiente de vendas que justificasse a continuidade de sua produção.
Fim
Após a Volkswagen adquirir a Chrysler em 1979, ainda foi lançada a versão de maior luxo, denominada GLS, mas o Polara passou a entrar em uma concorrência que não era saudável para a Volkswagen, competindo diretamente com o recém-lançado Passat. Isso levou o Grupo VW, já em 1981, a decretar de vez o fim da Chrysler Veículos no Brasil, encerrando a produção de toda a gama da Dodge.
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