Acidentes são comuns nas estradas brasileiras, como o trágico ocorrido na BR 414 em uma segunda-feira atípica. Cinco vidas foram perdidas, incluindo uma criança de seis anos, resultando em dor, sofrimento e grandes prejuízos materiais para várias famílias.
Infelizmente, esse evento não é único, pois acidentes continuam acontecendo em todo o país. Neste caso, pessoas aguardavam em uma fila de veículos autorização para seguirem adiante quando a tragédia ocorreu.
Essa história triste ilustra a falta de segurança nas estradas nacionais, e é um lembrete de que mais medidas são necessárias para evitar tais tragédias.
Em 2022, os acidentes em rodovias federais custaram cerca de 12,92 bilhões de reais, quase o dobro do investimento público federal em infraestrutura, que foi de 6 bilhões de reais, representando um aumento de 800 milhões em relação a 2021.
Houve um total de 64.447 acidentes nas estradas federais, dos quais 52.948 resultaram em vítimas, incluindo mortos e feridos. Isso reflete a situação trágica na BR 414, perto de Anápolis.
Independentemente da perícia no veículo envolvido, que era um bitrem carregado com calcário, é essencial analisar possíveis falhas nos freios, vacilação do motorista e adequação da sinalização.
As autoridades competentes cuidarão disso, mas a responsabilidade precisa ser atribuída com cautela. Contudo, é inegável que esse trecho da rodovia é notoriamente perigoso e traiçoeiro, devido à pista estreita, sinalização deficiente, aclives, curvas fechadas e outros fatores prejudiciais.
Não foi o primeiro acidente que se registrou naquele trecho, já ocorreram vários outros ao longo do tempo, indicando a necessidade de melhorias. As obras em andamento sugerem mudanças no percurso, eliminando pontos perigosos e corrigindo erros estruturais crônicos.
A importância da BR 414 cresceu devido ao aumento no tráfego de veículos, demandando aprimoramentos para acomodar o aumento de automóveis nas estradas do país. Seria esta a principal providência a se adotar.
Por outro lado, a empresa concessionária da BR deve explicações sobre a logística de controle do tráfego no canteiro de obras e, certamente vai ser ouvida pelas autoridades. O Departamento de Infraestrutura e Transporte (DNIT) deve interferir, o Ministério dos Transportes, o Governo do Estado, a PRF, todos devem se envolver na questão para que cruéis tragédias como a da última segunda-feira sejam evitadas.