Quem fica?
Na semana que vem, a Câmara Municipal de Anápolis terá as três últimas sessões do mês de setembro. Depois disso, o plenário só volta a se reunir no dia 7 de outubro. Ou seja, um dia após a eleição. Para alguns, a volta pode ser no clima de “ressaca”, pela comemoração do resultado.
Para outros, clima de lamentação pela não reeleição. Mas, faz parte do jogo.
E, vale lembrar, três cadeiras estão vagas para renovação: de Leandro Ribeiro e Trícia Barreto, ambos do MDB e de Lisieux Borges (PSB). Os três abriram mão de disputar a reeleição, cada qual com o seu motivo. Fato é que, na sessão de 7 de outubro, já se saberá a nova composição do Legislativo anapolino.
E, muito breve, começam as articulações com vistas à composição da nova Mesa Diretora.
Debate quente
No debate promovido pelo Jornal Opção, de Goiânia, não faltou troca de gentilezas entre os candidatos que disputam a Prefeitura de Anápolis.
Eerizânia Freitas (UB) atacou Márcio Corrêa (PL), indagando a ele sobre a sua segurança reforçada e se teria algo a ver com a venda de lotes para pobres. Márcio devolveu, assinalando que a adversária vive em promiscuidade. Hélio Lopes (PSDB) teceu críticas à gestão de Roberto Naves (Republicanos), que é um dos padrinhos da candidata Eerizânia. Que questionou Márcio acerca dele apoiar Simone Tebet na eleição de 2022 e não Jair Bolsonaro, que hoje é seu padrinho. Gomide também foi questionado por “esconder” o PT na campanha.
José de Lima (PMB) não participou. Assim, foi o único que saiu “ileso”.
Vestibular eleitoral
A eleição para a Câmara de Vereadores é uma espécie de “vestibular”, no qual estão em disputa 23 cadeiras.
Segundo consta no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram apresentados 385 pedidos de registro de candidaturas para o cargo, porém, consta no sistema que houve 2 pedidos indeferidos e 5 renúncias. Sendo assim, são 378. Dividindo esse número pelo número de vagas, tem-se então uma concorrência de 16,43 candidatos por vaga. E olha que, nem de perto, a concorrência está como no pleito de 2020, quando 616 disputaram o cargo.
A concorrência, na época, foi de 26,78 candidatos/vaga. Independente de números, entretanto, eleição para vereador (a) é sempre uma eleição muito difícil e acirrada.
Deu ruim!
O vereador Luzimar Silva esteve no movimento e está apoiando o movimento dos carroceiros contra uma lei que visa regulamentar a atividade de veículos movidos a tração animal em Anápolis. Essa lei é originária de um projeto da vereadora Thaís Souza e ficou três anos tramitando na Câmara Municipal.
Na votação, Luzimar estava em plenário e ajudou formar maioria pela aprovação do texto. Ele tentou justificar, dizendo que estava em um dia de muita movimentação em seu gabinete e que a votação foi simbólica.
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Ele criticou a colega Thaís por não ter debatido o projeto com a categoria. Mas, ele também não promoveu nenhuma discussão da matéria.
Luzimar disse em plenário que iria apresentar um pedido de revogação da lei. Foi alertado pelo presidente Domingos Paula, que esse não é o caminho. Enfim, deu ruim!
- O debate realizado pelo Conselho Municipal de Cultura teve presença de três prefeitáveis de Anápolis: Antônio Gomide (PT), Eerizânia Freitas (UB) e Hélio da Apae (PSDB). José de Lima (PMB) e Márcio Corrêa (PL) não deram as caras.
- Quem achou que a campanha eleitoral em Anápolis estava meio devagar, agora pode esperar que vai esquentar, e muito!
- Sobretudo, após a coletiva bombástica dada pelo prefeito Roberto Naves (Republicanos), na última sexta-feira (13).
- O pardal, aplicativo da Justiça Eleitoral que acolhe denúncia de possíveis irregularidades nas campanhas eleitorais, tem recebido uma média de 1,2 mil denúncias por dia, segundo dados do TSE.
- Nas eleições de outubro, em Anápolis, 3.281 mesários vão trabalhar para garantir o sucesso do pleito. Detalhe: desse total, 2.140 são do sexo feminino (65%) e 1.140 do sexo masculino (35%). Portanto, elas estão em grande maioria.