A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos prendeu, em flagrante, na semana passada, em Goiânia, durante a operação Toad, um indivíduo suspeito de comercializar cogumelos alucinógenos e outros produtos derivados para todo o Brasil. Segundo o Wikipédia, “estes cogumelos conhecido, também, como psicadélicos, ou, psicodélicos, cogumelos mágicos ou, ainda, cogumelos sagrados são fungos com propriedades alucinógenas, utilizados por diversos povos em suas atividades culturais, bem como drogas recreativas, especialmente por jovens urbanos influenciados por diversos movimentos culturais. Eles ajudam a aliviar os sintomas em pessoas com depressão difícil de tratar”. A investigação, que se iniciou há seis meses, demonstrou que o suspeito fazia a venda por meio de redes sociais de cogumelos da espécie psilocybe cubensis e outros produtos derivados do referido cogumelo (chocolates e cápsulas), os quais eram enviados pelos Correios para todo o País.
Os cogumelos mágicos, como são conhecidos, contêm a substância psilocibina, um poderoso alucinógeno que é proibido no Brasil de acordo com a portaria nº 344/98 da ANVISA. Além disso, o investigado, que se autointitula guia espiritual e terapêutico, ministrava os cogumelos e demais produtos derivados em cerimônias religiosas como uma suposta forma alternativa de tratamento de depressão, ansiedade e outros transtornos mentais. De acordo com a investigação, o suspeito faturava cerca de R$ 50 mil por mês com a comercialização das substâncias proscritas e cobrava R$ 2,5 mil por cada atendimento realizado.
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Ação policial
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão domiciliar em endereços vinculados ao investigado, cuja identidade não foi revelada, sendo descoberta grande quantidade de cogumelos mágicos in natura e moído, além de chocolates e frascos contendo cápsulas da substância ilícita. Em um dos endereços, que é um escritório de advocacia que pertence ao pai do investigado, em uma sala locada pelo suspeito, funcionava uma espécie de laboratório que, além de armazenar a maior parte do material apreendido, era usado para manipulação, encapsulamento e produção dos produtos derivados do cogumelo alucinógeno.
Todo o material foi apreendido e encaminhado à Superintendência da Polícia Técnico-Científica e, após a confirmação da presença da substância proibida, o conduzido foi autuado em flagrante pelo crime do art. 33. da Lei 11343/06 e encaminhado a Unidade Prisional, onde ficou à disposição da Justiça.