Cresci ouvindo de meus pais que, durante o período de internação, recebi os cuidados especiais de uma enfermeira, chamada Lídia. Ela tinha por mim, um carinho todo especial, com certeza, importante para a minha recuperação. Nunca me esqueci disso. Um dia, já homem formado, mas, com as cicatrizes ainda visíveis do terrível sinistro, Deus deu-me a oportunidade singular de me encontrar com, a agora, empresária, política e mulher exemplar que era Dona Lídia Quinan. Falei com ela, mesmo que timidamente, sobre minha história, mas, de pronto ela disse não se lembrar, pois por suas mãos passaram centenas de enfermos. Quando falei o nome do meu pai ela se recordou. Me abraçou, conversamos um pouco e tive a chance de agradecê-la, pessoalmente, pelos cuidados ao então menino agonizante no leito de um hospital.
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O tempo passou, tive outras oportunidades de conversar com ela, como jornalista. Ela, sempre, gentil, carinhosa, cristã por excelência, uma grande mulher. Depois, Dona Lídia mudou-se para Goiânia e, ainda tive como entrevistá-la, já afastada da política. Nunca mais nos vimos. No domingo passado recebi a notícia de sua morte. Confesso que fiquei muito triste. Mas, agradeço a Deus por haver recebido os cuidados da jovem enfermeira Lídia Quinan, uma notável dama, das mais queridas que conheci. Tenho certeza de que ela foi morar com Deus.
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