O processo de investigação feito pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal, denominado “Operação Monte Carlo”, que culminou com a detenção de várias pessoas, dentre elas o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o “Carlinhos Cachoeira”, pertencente a uma família de Anápolis, repercutiu em todo o Brasil durante toda a quinta-feira, 01. Carlos Augusto foi preso em sua residência, em Goiânia, sob a acusação de comandar um esquema de jogos de azar em Goiás e no Distrito Federal. Estariam envolvidos, ainda, no caso, agentes da Polícia Federal, incluindo delegados, policiais militares de Goiás, empresários, comerciantes e outras pessoas conhecidas da sociedade goiana.
A operação é resultado de um processo investigatório que se arrastou por longos meses, visando apurar os nomes de envolvidos em organizar apostas nos chamados caças-níqueis e jogo do bicho. Mas, de acordo com o advogado Arinilson Mariano, que faz parte do grupo de causídicos contratados para a defesa de alguns dos acusados, existem equívocos no procedimento que podem determinar a soltura dos envolvidos em curto espaço de tempo. Ele alega, por exemplo, que a acusação de se promoverem jogos é codificada como contravenção e, não crime. Neste caso, não haveria a necessidade do aparato mobilizado para a detenção dos acusados, pois praticamente todos são primários; de bons antecedentes, com residência fixa e outras atenuantes que garantiriam a eles que respondessem, em liberdade, aos procedimentos do Ministério Público e do Judiciário. De acordo com Arinilson Mariano, com estas argumentações, vai ser possível requerer habeas corpus, relaxamento de prisão e outros recursos que coloquem os acusados em liberdade imediata.
Em resumo, o advogado assegura que praticamente todos os acusados estariam dispostos a colaborarem com as autoridades nos levantamentos que apontariam a participação de cada um no processo. Concluindo, Arinilson Mariano disse que os advogados estão trabalhando na produção de provas e buscando as saídas legais para que o caso seja conduzido sem pirotecnia ou estardalhaço. “Trata-se de um caso de contravenção, tipificado em lei e que entendemos estar sendo tratado com rigor excessivo. Nos próximos dias a sociedade brasileira vai ter a oportunidade de saber, com certeza, o que realmente aconteceu. Além do mais, confiamos na Justiça e acreditamos que ela será feita”, assegurou.
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